Rosana Hessel
postado em 16/09/2010 08:33
Sete empresas do setor de energia lideraram o ranking dos 20 maiores prejuízos do segundo trimestre do ano feito pela Economática com base nos balanços entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e divulgado ontem. Juntas, elas amargaram R$ 520,6 milhões em perdas.De acordo com o levantamento, a líder do setor de energia neste ranking de perdas foi a Rede Energia, com prejuízo de R$ 192,21 milhões no segundo trimestre. As outras empresas são: Celgpar, com perda de R$ 81,31 milhões; Ceee-D, com R$ 72,22 milhões; Celpa, com R$ 61,34 milhões; MPX Energia, com R$ 53,59 milhões; Cemat, comR$ 35,7 milhões; e, por último, a Ceb, com R$ 24,22 milhões.
No ranking geral, o maior prejuízo foi registrado pela empresa GP Investimentos, que registrou na CVM um prejuízo de R$ 344,92 milhões.
Outras companhias que fecharam o trimestre no vermelho foram a TAM SA, que aparece em terceiro lugar, com prejuízo de R$ 154,11 milhões. E a Gol, que ficou em nono lugar, teve R$ 51,97 milhões em resultado negativo.
;Essas perdas registradas pelo ranking não refletem uma crise do setor elétrico, pois são empresas regionais, de pequeno e médio porte, e, portanto, com uma representatividade em torno de 10% do mercado de energia;, disse o diretor da coordenação dos programas de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa. ;Vale lembrar que as grandes distribuidoras de energia elétrica se destacaram entre as empresas com os maiores lucros;, acrescentou.
Eletrobras
Pesquisa recente da Economática enviada ao Correio pelo analista Einar Rivero mostra que três empresas de energia ficaram no ranking dos 20 maiores lucros apresentados à CVM, somando R$ 2,274 bilhões em ganhos do setor.
A primeira delas foi a Eletrobras, que ficou em oitavo lugar com lucro de R$ 995,3 milhões. A Neoenergia ficou em 19; lugar, com lucro de R$ 429 milhões. E a CPFL Energia, em 20;, com ganhos de
R$ 384,2 milhões no segundo trimestre.
Grupo português planeja investir
A Soares da Costa, um dos maiores grupos do setor de construção e obras públicas em Portugal, quer diversificar sua atividade para as áreas de ambiente e energias renováveis e planeja entrar no Brasil. Em apresentação do novo plano estratégico, o presidente executivo da Soares da Costa, Pedro Gonçalves, afirmou ainda que o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, em inglês) deverá apresentar crescimento de 9% ao ano até 2014, atingindo 135 milhões de euros no fim do período. ;Queremos entrar no mercado brasileiro de construção. E crescer nos Estados Unidos, geograficamente, em infraestruturas e energias renováveis;, explicou o executivo. Se optar pela entrada no Brasil via aquisição, o perfil será de uma empresa média com um volume de negócios de cerca de 100 milhões de euros.