postado em 16/09/2010 08:53
O Goldman Sachs tornou-se alvo de uma ação judicial movida por mulheres que dizem que o banco mais lucrativo de Wall Street mantém uma ;cultura corporativa antiquada; e que sistematicamente priva suas funcionárias de pagamentos e promoções disponíveis apenas aos homens. A ação foi aberta ontem por três ex-contratadas e pleiteia o status de uma ação de classe em nome de todas as diretoras, gerentes, vice-presidentes e funcionárias associadas da instituição americana dos últimos seis anos.O porta-voz do banco, Ed Canaday, não quis comentar o processo, aberto em uma Corte federal de Manhattan. De acordo com a queixa, o Goldman dá a seus gerentes ; em sua maioria, homens ; liberdade para que passem contas e responsabilidades aos subordinados e para decidir quem terá apoio administrativo e treinamento. A ação diz que isso leva as mulheres a serem sub-representadas na gerência, com 14% dos postos, na diretoria (17%) e na vice-presidência (29%).
Cultura
As políticas são parte e parcela de uma cultura corporativa antiquada, diz a queixa. ;O Goldman Sachs implementou deliberadamente essas políticas e práticas em toda a empresa a fim de pagar mais aos seus funcionários do sexo masculino do que às suas colegas do sexo feminino e para promovê-los com mais frequência;, diz o texto da ação. O banco americano foi alvo de outra ação em abril, dessa vez assinada pela SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, por ter enganado investidores a vender papéis lastreados em hipotecas.
A ação por discriminação foi aberta em nome de Cristina Chen-Oster, ex-vice-presidente de obrigações conversíveis; Lisa Parisi, ex-diretora-gerente de gerenciamento de ativos; e Shanna Orlich, ex-associada da área comercial do Goldman. Os advogados das mulheres não retornaram os telefonemas para que comentassem o caso.