Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo cai em Londres e Nova York, mesmo com dólar mais fraco

Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (21/9) em Londres e Nova York, apesar de um notável enfraquecimento do dólar, depois de finalizada a reunião do Federal Reserve (Fed) na qual a autoridade monetária manteve a taxa básica próximo de zero.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro fechou em 73,52 dólares, em queda de 1,34 dólar em relação a segunda-feira, em seu último dia de cotação.

No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro caiu 94 centavos, a 78,42 dólares.

"Os investidores veem que há muito petróleo disponível e os comentários do Fed parecem sugerir que a economia não anda tão bem", disse Phil Flynn, da PFGBest Research. "Alguns comentários sobre a situação da economia provavelmente atiçaram os temores sobre a futura demanda por petróleo".

Já firmemente em baixa, a situação do mercado petroleiro não melhorou depois da reunião de política monetária do Federal Reserve americano, que decidiu manter a linha vigente, enquanto se declarou disposto a tomar novas medidas de reativação, "caso seja necessário", para sustentar a recuperação da economia.

Esses comentários, que fizeram o dólar cair - um fator geralmente positivo para um mercado no qual os ativos são cotados na moeda americana - e impulsionaram a alta do mercado de ações, não tiveram efeito positivo sobre o mercado de petróleo.

Os preços já estavam submetidos a forte pressão com a chegada do vencimento do contrato de outubro.

"É o último dia de cotação do contrato para entrega em outubro: está sob pressão porque as refinarias entram em um período marcado por trabalhos de manutenção, no qual a demanda de petróleo baixará" no curto prazo, explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

O outono no Hemisfério Norte é um período de queda da demanda de produtos petroleiros nos Estados Unidos, entre o verão, marcado por um forte consumo de gasolina, e o inverno, estação de alta demanda por combustíveis para calefação.