postado em 22/09/2010 19:48
Rio de Janeiro ; Bahia, Mato Grosso e Ceará, cujas capitais estão entre as 12 cidades que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014, são os primeiros estados que receberão recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito do Programa ProCopa Arenas.O programa foi criado em fevereiro deste ano para financiar a construção ou reforma de estádios e tem dotação de cerca de R$ 4,8 bilhões, com limite de R$ 400 milhões por cidade-sede. De acordo com anúncio feito nesta quarta-feira (22/9) pelo banco, os três estados receberão recursos de R$ 1,068 bilhão.
Para o governo da Bahia serão repassados R$ 323,6 milhões. O financiamento será aplicado na demolição e reconstrução do Estádio da Fonte Nova. O novo estádio terá capacidade para 50.273 espectadores e o prazo para conclusão da obra é dezembro de 2012.
O projeto baiano é uma parceria público privada (PPP) e segue o modelo de concessão administrativa pelo prazo de 35 anos. O contrato foi firmado pelo governo estadual com a Fonte Nova Negócios e Participações, que é uma sociedade de propósito específico (SPE) formada pela empresa Odebrecht Investimentos em Infraestrutura e a Construtora OAS para administrar o estádio.
No Ceará, o financiamento é para a reforma do Estádio Castelão que terá capacidade para 66.500 torcedores. O empréstimo do banco é de R$ 351,5 milhões. As obras devem ser concluídas em dezembro de 2012. O projeto é uma PPP administrativa, com prazo de concessão de 8 anos.
Em Mato Grosso, o financiamento é de R$ 393 milhões. O projeto envolve a construção da Arena Multiuso Pantanal, em Cuiabá, com capacidade para 42 mil espectadores. O conceito do estádio permite que parte das arquibancadas seja removida ao final do certame e reinstalada em outros estádios ou empreendimentos, reduzindo a capacidade para 27 mil espectadores, com diminuição do custo de manutenção.
O empréstimo aprovado pelo banco para os três estados corresponde a 46% do investimento total no caso da Bahia, 75% no Ceará e 74% no Mato Grosso.