Agência France-Presse
postado em 29/09/2010 09:07
O Banco Central da China prometeu nesta quarta-feira (29/9) uma maior flexibilidade do yuan, a moeda chinesa, horas antes de uma votação na Câmara de Representantes dos Estados Unidos sobre um projeto de lei que prevê sanções contra Pequim por manipular sua moeda."A China continuará melhorando o mecanismo de formação da taxa de câmbio do yuan, baseando-se essencialmente na oferta e demanda, e com uma maior flexibilização da taxa cambial", afirma o Banco Central em um comunicado.
O banco lembra que a taxa cambial foi flexibilizada recentemente, segundo o texto divulgado ao fim da terceira reunião trimestral do comitê monetário.
Diante das pressões americanas de represálias comerciais contra a manipulação de sua moeda, a China reinstaurou em junho uma pequena flutuação do yuan, de mais ou menos 0,5% em relação ao dólar sobre um preço fixado de forma diária pelo BC.
Desde então, o yuan registrou uma valorização de 1,7% ante o dólar.
Mas as vozes críticas, lideradas por congressistas americanos, afirmam que o yuan está 40% desvalorizado, uma situação que favorece as exportações chinesas.
Um comitê do Congresso americano abriu na sexta-feira passada o caminho para adoção de represálias contra Pequim em função da moeda, sob a alegação de que o gigante asiático não cumpriu o compromisso de permitir a valorização do yuan.
A questão deve ser debatida nesta quarta-feira. Segundo a lei, o Departamento do Comércio só pode impor tarifas a um país que subsidie diretamente as exportações.