Economia

Após três quedas seguidas, Índice de Confiança da Indústria cresce 0,4%

postado em 30/09/2010 16:27
São Paulo - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) subiu 0,4% entre agosto e setembro. Passou de 112,9 para 113,4 pontos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30/9). Foi a primeira elevação depois de três quedas seguidas. Os setores que mais influenciaram o ICI foram bens duráreis e materiais de construção.

;O setor de materiais de construção teve um momento favorável por causa da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Seguiu forte ao longo do ano, mas acomodou-se. Deve ser aquecido até o fim do ano;, explicou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Ibre/FGV, Aloísio Campelo.

Segundo Campelo, a confiança da indústria se deve também ao otimismo do consumidor, que já expressa a intenção de comprar bens duráveis, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e automóveis. ;A inadimplência também está em movimento de queda;, destacou.

Os dados indicam que o Índice da Situação Atual (ISA) registrou queda pelo terceiro mês consecutivo (0,3%), apontando que o nível de demanda está estável e os estoques, normais. Já o indicador de satisfação com o ambiente de negócios caiu pelo quinto mês consecutivo, para 127,2 pontos.

O Índice de Expectativas (IE) aumentou pelo segundo mês seguido, passando para 112,1 pontos, o que se deve à expectativa de aumento da produção. Mesmo assim, a pesquisa mostrou que as contratações devem continuar em ritmo morno. ;A situação não é de demissão, mas de menos contratações. A reaceleração acontece gradualmente nesse sentido;.

Para 49,3% das 1.195 empresas pesquisadas, a previsão de produção para este ano deve ser revista para cima. Principalmente nos segmentos de materiais de transporte (56%), de mecânica (27%) e de química (18%). Para 28,8% das empresas, haverá mais contratações nos próximos meses. A situação futura dos negócios foi apontada como melhor nos próximos seis meses por 62,4% das empresas.

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