Agência France-Presse
postado em 01/10/2010 16:40
Nova York - Os preços do petróleo fecharam novamente em forte alta nesta sexta-feira (1/10) em Nova York, depois de alcançar o maior nível em mais de um mês e meio, sustentado por um indicador industrial na China e pela queda do dólar.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro fechou em US$ 81,58, em alta de US$ 1,61 na comparação com quinta-feira, quando operou em torno dos US$ 80, pela primeira vez em um mês e meio. Na sexta-feira, alcançou durante a sessão US$ 81,66, nível mais alto desde 9 de agosto.
O mercado petroleiro subiu "junto com as outras matérias-primas depois da publicação de um índice PMI melhor que o previsto na China", afirmaram analistas do JP Morgan. Segundo eles, o "retorno da aceleração do crescimento ao se iniciar o quarto trimestre deverá sustentar o crescimento da demanda (por energia) na região".
Os dois índices dos gerentes de compras sobre a atividade industrial na China, o oficial e o compilado pelo banco HSBC, mostraram uma aceleração da expansão do setor em setembro.
Essas cifras "confortam quem comprou petróleo na semana passada, partindo da base de que o crescimento chinês sustentaria a demanda por energia", explicou Phil Flynn, da PFG Best Research.
"Mas nada disso seria possível sem o Fed" (Federal Reserve, o banco central americano), que na semana passada declarou-se disposto a adotar novas medidas de apoio à economia", completou.
O WTI "ganhou US$ 10" depois da reunião do banco central, lembrou.
Os anúncios do Fed, além de tranquilizar os investidores, que temem um retorno da recessão, foram seguidos de uma queda do dólar, que torna o petróleo mais barato - cotado em dólares - para compradores munidos de outras divisas.
O euro alcançou na sexta-feira seu teto desde março ante a moeda americana, sobre US$ 1,37.