Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 04/10/2010 08:00
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltaram a sustentar as operações de crédito consignado ; aquele descontado na folha de pagamento. Depois de registrar queda na concessão desse tipo de financiamento no período de abril a julho deste ano, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos aos segurados da Previdência Social voltou a subir em agosto na comparação com igual período de 2009. As operações contratadas no mês somaram R$ 2,37 bilhões, 26,3% a mais do que a soma dos empréstimos contratados um ano atrás.Mesmo na comparação com o mês imediatamente anterior, julho, existe um pequeno crescimento. Naquele mês, os aposentados e pensionistas pegaram nos bancos R$ 2,3 bilhões. Dados do Banco Central mostram que o crédito consignado concedido pelos bancos aos trabalhadores do setor público ; nesse segmento estão incluídos os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ; alcançou R$ 111,44 milhões em agosto, com crescimento de 30,5% em 12 meses. A parcela destinada aos trabalhadores do setor privado soma outros R$ 18,28 bilhões.
Mais barato
No caso dos inativos do setor público, embora o volume emprestado seja bem menor, a velocidade de crescimento do financiamento é maior: disparou 40,7% em 12 meses. Técnicos da Previdência Social acreditam que o aumento da demanda por crédito tem relação direta com a melhoria da renda do aposentado. Em agosto, eles não só receberam antecipado parte do 13; salário, como também a diferença do reajuste de 6,14% para 7,72%. O percentual menor, de 6,14%, tinha sido concedido pelo governo em janeiro para os benefícios acima do salário mínimo. Mas o Congresso deu um aumento maior, o governo aceitou e a diferença, inclusive com relação aos atrasados, foi paga em agosto.
O empréstimo consignado é um dos financiamentos mais baratos do mercado. A taxa máxima que os bancos podem cobrar dos segurados do INSS, fixada pelo Conselho Nacional de Previdência Social, é de 2,34% ao mês para financiamento pessoal, e de 3,36% quando o dinheiro for concedido mediante o uso do cartão de crédito. A margem consignável é de 30% da renda líquida, o que significa que a prestação não pode ultrapassar esse percentual de comprometimento do salário do aposentado ou pensionista.