Economia

CNI eleva taxa de crescimento da economia brasileira para 7,5%

postado em 07/10/2010 19:01
Brasília ; A economia brasileira demonstrou vigor em todos os setores no terceiro trimestre do ano. Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 7,5%, segundo o economista chefe da instituição, Flávio Castelo Branco.

Ao divulgar nesta quinta-feira (7/10) o Informe Conjuntural da CNI sobre o terceiro trimestre, ele afirmou que a revisão da projeção anterior para um PIB de 7,2% foi alavancada pela demanda de consumo do mercado interno, que continua forte, bem como pelo aumento de investimentos. A previsão para o PIB industrial permaneceu em 12,3%.

Segundo Castelo Branco, ;a expansão da demanda doméstica seria suficiente para gerar um crescimento mais expressivo, ainda que não fosse a contribuição negativa do setor externo;, estimada em 2,6 pontos percentuais. Isso porque as importações têm crescido bem mais que as exportações, em decorrência principalmente da valorização do real em relação ao dólar e da subvalorização artificial da moeda chinesa.

No seu entender, a valorização cambial desvia parte da demanda doméstica para outras economias e limita o crescimento da produção. Um sinal disso, adiantou, é a tendência de recuo do uso da capacidade instalada da indústria, nos últimos quatro meses. Ele mencionou que a demanda interna tem tido um ritmo mais forte do que a demanda global e isso também limita a produção.

Castelo Branco disse ainda que os efeitos negativos da valorização cambial sobre a competitividade dos produtos brasileiros lá fora se evidenciam nas estatísticas de comércio exterior. Enquanto as importações se expandem a um ritmo extraordinário, em especial quanto a bens industriais, ele afirmou que nossas exportações de manufaturados perdem vigor e as vendas totais se sustentam em função dos preços de commodities (produtos primários de origem agropecuária e mineral).

O Informe Conjuntural de setembro reviu também outras projeções em relação ao informativo de junho. Elevou de 7,3% para 7,6% a perspectiva de consumo das famílias no ano e a projeção de saldo comercial (exportações menos importações) passou de US$ 10 bilhões para US$ 12 bilhões. Em contrapartida, reduziu a expectativa de inflação anual de 5,4% para 5%, baixou a estimativa de taxa Selic de 11,50% para 10,75% no fim do ano e a projeção de dólar a R$ 1,79 no fechamento de 2010 cai para US$ 1,70.

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