Economia

Bancários rejeitam nova proposta e adiam negociação sobre o fim da greve

postado em 09/10/2010 16:27
São Paulo - Não houve acordo na reunião de mais de duas horas e meia ocorrida neste sábado (9/10) entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, no Hotel Maksoud Plaza, na região da Avenida Paulista. Os banqueiros apresentaram uma nova proposta para reajustar os salários da categoria em 6,5%, um pouco acima da oferta anterior de 4,29% que iria repor apenas a perda inflacionária dos últimos 12 meses até setembro, data-base dos trabalhadores do setor.

A correção, no entanto, é inferior aos 11% reivindicados pelos bancários, e foi rejeitada pelos representantes dos trabalhadores. Uma nova tentativa de acordo está marcada para a próxima segunda-feira.

;No conjunto tem avanços, mas essa oferta é insuficiente;, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Ela informou que a Fenanban vai consultar os banqueiros sobre a possibilidade de melhorar a oferta.

De acordo com a líder sindical, uma das questões que também está emperrando o acordo é forma de pagamento, porque o reajuste seria aplicado apenas para quem ganha até R$ 4,1 mil. Acima disso, seria adicionado um valor fixo de R$ 266,50.

Moreira também defende a melhoria das ofertas referentes à participação nos lucros e resultados (PLR) e na fixação do piso da categoria, que passaria de R$ l.074,00 para R$ 1.180,00. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, "é inaceitável esse teto de R$ 4,1 mil. Isso significa que quem ganha acima de R$ 6,2 mil terá reajuste abaixo da inflação do período.; Ele considera que o piso da categoria também deveria ser melhor valorizado. ;Esse índice de reajuste de 9,82% é insuficiente diante da crescente lucratividade dos bancos;, disse o líder sindical.

Os bancários estão em greve há 11 dias e têm assembleia marcada para a próxima quarta-feira. Em todo o país, a categoria reúne 460 mil trabalhadores, dos quais 130 mil estão emSão Paulo e nos municípios da da região metropolitana da capital paulista.

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