Economia

Petróleo retrocede apesar de baixa de reservas nos EUA

Agência France-Presse
postado em 14/10/2010 17:29
Nova York - Os preços do petróleo caíram levemente nesta quinta-feira (14/10) em Londres e Nova York, apesar de uma redução dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, ainda que menor que o antecipado por alguns investidores.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro encerrou a US$ 82,69, uma queda de 32 centavos em relação a essa quarta-feira.

Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento perdeu 11 centavos, a US$ 84,53.

Em alta na abertura, o WTI apagou os lucros após a divulgação de dados semanais de reservas do departamento de Energia americano. Os números mostraram uma queda de 400 mil barris dos estoques de petróleo no país na semana passada, quando os analistas esperavam em média um aumento de mais de um milhão de barris.

Mas, segundo Antoine Halff, da Newedge Group, esses números têm "menos tendência à alta que os do API", o American Petroleum Institute, que representa a indústria e que na noite de quarta-feira havia estimado que as reservas de petróleo haviam caído em quatro milhões de barris.

"Acredito que isso contribuiu para fazer o mercado oscilar", considerou Halff.

No entanto, "continuamos em uma situação de estoques extremamente elevados nos Estados Unidos", acrescentou. "Certamente há um reequilíbrio, em particular para os produtos destilados, mas a partir de níveis elevados".

"A demanda americana de produtos petroleiros é fraca", afirmou Nick Brown, da Natixis.

Quanto à oferta, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter sem mudanças as cotas de produção de petróleo, fixadas em 24,84 milhões de barris diários desde 1; de janeiro de 2009.

"Não é notícia", constatou Bentz, dado que ele já havia sido antecipado. Pelo contrário, segundo o analista, o mercado se inquieta pelas greves na França, onde 10 das 12 refinarias que abastecem a área metropolitana eram afetadas ainda nesta quinta-feira pelo movimento contra a reforma da aposentadoria.

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