postado em 15/10/2010 08:16
Dois novos recalls foram anunciados nesta quinta-feira (14/10) pelas fabricantes de veículos. Um deles é o dos modelos 307 Coupé Cabrioler, Station Wagon, Sedan e Hatchback, fabricados pela Citro;n de 2007 a 2009, cujo reparo começará a ser feito a partir de hoje, com prazo de duração indeterminado. O outro afeta 126.774 unidades dos modelos City e New Fit, da Honda, dos anos 2009 e 2010 em diante. Os proprietários devem comparecer às concessionárias a partir do próximo dia 18.No caso dos veículos da Honda, há um problema no sensor do pedal do acelerador, no qual precisa ser feita a aplicação de uma proteção suplementar. O defeito está no modo de limpeza interna, que pode transferir detritos do assoalho para o sensor. Em casos extremos, poderá haver dificuldade em reduzir a rotação do motor levando a risco de acidente, conforme informou a fabricante em nota. No caso dos modelos da Citro;n, o objetivo do recall é evitar que a posição do comando de acionamento da iluminação externa seja mal detectada pelo sistema e apague os faróis.
Somente neste ano, os defeitos de fábrica afetaram mais de um milhão de carros em 36 procedimentos de recall no Brasil, quantidade equivalente ao registrado em todo o ano passado. Entre 30% a 40% do total de proprietários de veículos defeituosos não atenderam à convocação para reparo.
Para combater o problema, o governo anunciou a criação do Sistema de Registro de Avisos de Risco de Veículos Automotores, que servirá para acompanhar as convocações e informar no documento do Registro Nacional de Veículos (Renavam) se o proprietário efetuou o conserto do defeito de fábrica.
;Isso permitirá que um futuro comprador de um veículo
defeituoso saiba a real situação do produto ao avaliar o negócio, além de ter a chance de se prevenir de eventuais acidentes;, declarou o ministro das Cidades, Márcio Fortes. A medida passa a valer para recalls convocados a partir da primeira semana de novembro.
O novo sistema é fruto de uma parceria entre o Ministério da Justiça, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Ministério das Cidades e permitirá a troca de informações e o acompanhamento sobre a situação dos veículos. ;O convênio se fez necessário porque as montadoras só conseguem saber quem é o primeiro proprietário de cada veículo. Quando o produto é revendido, fica impossível para o fabricante saber quem é o novo dono;, explicou o Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
;De certa forma, o registro no Renavam de se houve ou não reparo é um incentivo para que as pessoas atendam à convocação, já que, na hora da venda, o carro pode perder valor de mercado se não tiver sido devidamente consertado;, acrescentou Fortes.