Economia

Greves provocam falta de combustível e prejuízos na economia francesa

Agência France-Presse
postado em 21/10/2010 14:58
PARIS - Conseguir combustível na França ainda era tarefa difícil nesta quinta-feira (21/10) por causa das greves contra a reforma previdenciária. As paralisações prejudicam o funcionamento de vários setores do país e fizeram o presidente Sarkozy dizer que a economia do país foi feita "refém".

Doze refinarias prosseguem inoperantes e 15 depósitos de combustíveis, de um total de 219, bloqueados pela ação dos manifestantes.

O ministro da Ecologia e da Energia, Jean-Louis Borloo, informou nesta quinta-feira que 2.790 postos de gasolina, de um total de 12.300, estavam "paralisados temporariamente" na França por falta de combustível. Mencionando uma "lenta melhora", ele admitiu que "dificuldades importantes persistiam", principalmente na região parisiense.

O ministro encarregado da Indústria, Christian Estrosi, espera um "retorno à normalidade para o feriado de Todos os Santos", neste final de semana. No entanto, o presidente da União Francesa de Indústrias de Petróleo (UFIP), Jean-Louis Schilansky, considerou que o fornecimento de combustíveis dos postos de serviços poderá levar "vários dias" antes de retomar a normalidade.

"A situação tende a melhorar porque as entregas estão sendo feitas em maior quantidade", explicou. "Agora, temos de proteger todo o tempo os depósitos que forem desbloqueados", acrescentou.

Agentes da polícia continuam liberando os depósitos ocupados, como "ordenou" o presidente francês ontem. Mas grevistas e policiais continuam brincando de gato e rato em Vovray (leste) e em Brest (oeste), onde os depósitos foram bloqueados e depois desbloqueados durante o dia.

A indústria química francesa perde 100 milhões de euros em negócios por dia, segundo o dirigente da União das Indústrias Químicas (UIC) Daniel Marini.

Inúmeros canteiros de obras estão paralisados e 15 mil operários estão sob ameaça de desemprego técnico na semana que vem, anunciou um porta-voz da Federação Nacional de Obras Públicas (FNTP).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação