Economia

Petróleo fecha em forte baixa em Londres e Nova York

Agência France-Presse
postado em 21/10/2010 17:46
Nova York - Os preços do petróleo registraram novamente fortes perdas nesta quinta-feira (21/10) em Londres e Nova York, onde o barril de referência perdeu cerca de US$ 2, pressionado pelo fortalecimento da moeda americana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em dezembro, fechou a US$ 80,56, em queda de US$ 1,98 em relação à essa quarta-feira.

O barril de WTI registra assim três dias de altos e baixos, após perder 4% do preço na última terça-feira. Na quarta-feira recuperou-se, para cair novamente nesta quinta-feira.

Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do mar do Norte para entrega em dezembro perdeu US$ 1,77, tendo sido negociado a US$ 81,83.

"Atualmente tudo depende das moedas", indicou Rich Ilsczyszyn, da Lind-Waldock.

O dólar, que havia começado a sessão nova-iorquina de forma vacilante, recuperou vigor durante a tarde, colocando o mercado petroleiro sob pressão com a aproximação do fechamento do Nymex.

O fortalecimento da moeda americana encarece os preços das matérias primas negociadas em dólar.

Sucessivamente, foram levados à queda dois níveis técnicos, acelerando as vendas no mercado, afirmou Ilsczyszyn.

Além disso, "o petróleo permanece submetido ao conceito de que se a China elevar suas taxas (o que fez há dois dias), se começar uma fase de ajuste monetário, a demanda mundial pode ser afetada parcialmente", acrescentou o analista.

O entusiasmo dos investidores esfriou com a desaceleração do crescimento chinês no terceiro trimestre, ainda que tenha mantido sua solidez, com 9,6%, mas inferior aos 10,3% registrados no segundo semestre e aos 11,9% do primeiro. A China é o principal motor do aumento da demanda de energia no mundo.

A evolução do dólar deve continuar pesando sobre o mercado petroleiro, segundo Tom Bentz, da BNP Paribas, mas os analistas da JPMorgan afirmam que "o sólido PIB da China e uma forte demanda de petróleo sugerem que o mercado petroleiro conta com outros apoios" além do dólar.

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