Agência France-Presse
postado em 22/10/2010 18:12
Nova York - Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira (22/10) em Londres e Nova York, registrando um pequeno avanço - em relação às perdas registradas na quinta-feira - como parte do processo de estabilização da moeda americana e de greves na França que favorecem as exportações americanas.Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em dezembro, fechou a US$ 81,69, em alta de US$ 1,13 em relação à essa quinta-feira.
Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do mar do Norte para entrega em dezembro subiu US$ 1,13, tendo sido negociado a US$ 82,96.
Os preços aumentaram, apesar de "uma forte volatilidade durante a sessão", afirmou Jason Schenker, da Prestige Economics, que acompanhou as flutuações do dólar nos mercados cambiais.
Essa volatilidade durante o dia seguiu uma semana de altos e baixos no mercado petroleiro: o barril de WTI teve uma sucessão de fortes altas e fortes baixas, terminando nesta sexta-feira 44 centavos a mais que no fechamento da semana passada.
Os preços do dólar, principal influência sobre o mercado petroleiro nas últimas semanas, estabilizaram-se nesta sexta-feira ante as expectativas dos investidores com relação ao comunicado final dos ministros das Finanças do G20, que agrupa os países ricos e emergentes, em meio à ameaça de "guerra cambial" que pesa sobre a economia mundial.
A volatilidade pode continuar na próxima semana, adiantou Schenker, não apenas devido ao dólar, mas também "em relação à publicação de importantes dados econômicos", como a estimativa do crescimento da economia americana no terceiro trimestre.
Enquanto isso, "o mercado parece ter encontrado algum suporte nos US$ 80", observou Phil Flynn, da PFG Best Research.
Os investidores também estavam "preocupados com as greves francesas", acrescentou o analista.
Continuavam bloqueadas as refinarias da França, assim como os terminais petroleiros de Havre e Marselha, provocando importantes perturbações no abastecimento de combustível.
Isso favorece as exportações de produtos petroleiros dos Estados Unidos.