Agência France-Presse
postado em 23/10/2010 08:19
Gyeongju - Os ministros das Finanças do G20, reunidos na Coreia do Sul, caminham para um acordo sobre a limitação dos desequilíbrios nas contas correntes, mas abstendo-se de intervir para desvalorizar suas moedas, revela um funcionário neste sábado, citado pela agência Dow Jones.
Os países do G20 "vão aprovar um pacote de medidas para reduzir os desequilíbrios e manter a situação de suas contas correntes em níveis sustentáveis", informa o funcionário, com base no rascunho do acordo.
Certos membros do G20, incluindo os Estados Unidos, gostariam de definir objetivos e um calendário, mas o projeto de acordo não deve incluir isto, diz a fonte.
O documento prevê ainda solicitar ao FMI relatórios sobre as consequências das políticas econômicas dos estados sobre seus parceiros comerciais.
As bases do acordo estão contidas na carta que o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, enviou ao G20 Finanças, na qual os Estados Unidos pedem aos países com excedente comercial que revisem suas políticas cambiais para reforçar o crescimento mundial.
"Os países do G20 com excedentes persistentes devem realizar reformas estruturais, orçamentárias e adotar políticas de câmbio para reforçar as fontes internas de crescimento e sustentar a demanda mundial", destaca Geitner em sua carta.
Os Estados Unidos se queixam, especialmente, do baixo valor do iuane, quando mais da metade do déficit comercial americano está relacionado à China.
Geithner propõe que os desequilíbrios nas balanças comerciais dos países do G20 não ultrapassem certo percentual do PIB, mas ainda não há limite fixado.
"Os países do G20 devem evitar a aplicação de políticas cambiais destinadas a conseguir vantagem competitiva", diz Geithner.