Economia

Juros para pessoa física caem ao menor nível dos últimos 15 anos

postado em 11/11/2010 19:03
São Paulo ; A taxa média mensal de juros para pessoa física caiu de 6,74% em setembro para 6,69% em outubro, a menor desde janeiro de 1995, quando se começou a fazer esse tipo de levantamento no Brasil. A redução foi de 0,74%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11/11) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Das seis linhas de crédito pesquisadas, a maior redução se deu no financiamento de automóveis, de 2,37% ao mês em setembro para 2,29% em outubro (redução de 3,38%). Nos juros do comércio, a queda foi de 5,65% para 5,55% ao mês (redução foi 1,77%), a menor taxa de outubro da série histórica. Os juros do cartão de crédito se mantiveram inalterados em 10,69% ao mês (237,20% ao ano), os maiores desde junho de 2000 (10,7% ao mês e 238,67% ao ano).

Para as empresas, das três linhas de crédito pesquisadas, duas apresentaram taxas de juros reduzidas (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve a taxa elevada (conta garantida).

A taxa de juros média geral para empresas caiu 0,53%, passando de 3,78% ao mês em setembro para 3,76% ao mês em outubro, a menor taxa média desde março de 2010.

Na avaliação da Anefac, a queda dos juros nas operações de crédito é resultado do bom momento da economia brasileira e da acomodação do mercado internacional, depois do auge da crise financeira. Segundo a entidade, também colaboraram a redução da inadimplência e a maior competição no sistema financeiro do Brasil.

Considerando todas as alterações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central de janeiro a outubro, a alta foi de 2 pontos percentuais, de 8,75% ao ano em janeiro para 10,75% ao ano em outubro (alta de 22,86%).

Nesse período, a taxa anual de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 4,45 pontos percentuais, de 121,96% em janeiro para 117,51% em outubro. Nas operações de crédito para empresas, a redução foi de 0,36 ponto percentual, de 56,09% ao ano em janeiro para 55,73% em outubro.

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