Economia

Nissan faz o terceiro recall em 20 dias

postado em 16/11/2010 08:00
A Nissan anunciou mais um recall, o terceiro em menos de 20 dias. Dessa vez, os contemplados no Brasil foram os proprietários de 174 veículos, modelo Pathfinder 4.0 a gasolina, fabricadas entre novembro de 2004 e junho de 2006. O objetivo é trocar o relé ; espécie de interruptor acionado eletricamente ; da unidade do módulo de distribuição de energia. Os carros convocados foram produzidos na Espanha e importados. A fabricante garante que, até o momento, nenhum acidente foi registrado por conta do problema.

Em nota, a empresa afirmou que a troca da peça é necessária, pois pode afetar o funcionamento do motor e paralisá-lo de forma a oferecer risco de acidente. O procedimento pode ser feito gratuitamente em qualquer concessionária. O defeito de fabricação se soma ao dos 35,6 mil veículos dos modelos Frontier e Xterra, anunciados na sexta-feira. Nesse caso, o eixo de direção pode quebrar devido a corrosão. A exemplo do que ocorreu com o Pathfinder, a montadora ressaltou que, até agora, não houve registro de acidentes associados a tais falhas.

Além do Brasil, o problema foi detectado em unidades vendidas nos Estados Unidos e no Canadá. Os carros afetados foram produzidos entre 2001 e 2008. Segundo a Nissan, a corrosão da coluna de direção inferior pode limitar os movimentos dos carros e levar à quebra do eixo de direção. Em 28 de outubro, a japonesa havia anunciado mais um recall. O objetivo é a revisão de 2,14 milhões de veículos em seis países para reparar uma falha no sistema elétrico do motor. Os automóveis envolvidos no chamado foram fabricados no Japão, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Espanha, na China e em Taiwan.

Adesão
Dados do Ministério das Cidades apontam que, em média, entre 30% a 40% do total de proprietários de carros defeituosos não atendem à convocação para reparo. Para combater esse problema, o governo anunciou a criação do Sistema de Registro de Avisos de Risco de Veículos Automotores, que servirá para acompanhar os chamados e informar, no documento do Registro Nacional de Veículos (Renavam), se o proprietário efetuou o conserto.

;Isso permitirá que um eventual futuro comprador de um veículo defeituoso saiba a real situação do produto ao avaliar o negócio, além de ter a chance se prevenir de acidentes;, declarou o ministro das cidades, Márcio Fortes. Ele reforçou ainda que o reparo dos defeitos de fábrica pode ser feito a qualquer momento sem custo, mesmo que a convocação para determinado veículo tenha sido feita muitos anos antes da compra do produto.

Acompanhamento
O novo sistema é fruto de uma parceria entre o Ministério da Justiça, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Ministério das Cidades e permitirá a troca de informações e o acompanhamento sobre a situação dos veículos. O Ministério da Justiça divulgou que o convênio se fez necessário porque as montadoras só conseguem saber quem é o primeiro proprietário de cada veículo. Quando o produto é revendido, o fabricante perde o controle sobre a identificação dos donos.

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