postado em 16/11/2010 15:38
Rio de Janeiro - Ao apresentar nesta terça-feira (16/11) o balanço do terceiro trimestre da Petrobras para os investidores, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Barbassa, voltou a afirmar que a expansão da economia nacional em 2010 teve forte influência sobre o lucro líquido de R$ 8,566 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.Ele admitiu, porém, que o resultado anunciado na última quinta-feira poderia ter sido melhor se não fossem as paradas antecipadas para reparos de duas plataformas (P-33 e P-35), em agosto e setembro, para atender a uma determinação da Agência Nacional do Petróleo, e a programada de Garoupa, que geraram a queda de 1% na produção de petróleo na comparação com o segundo trimestre do ano.
Para os investidores, as explicações não convencem totalmente. Áureo Rosenbaum, do Bradesco, por exemplo, disse que as paradas não programadas das unidades ;geram volatilidade no preço da ação e nas projeções do mercado e impactam a credibilidade da companhia;.
De janeiro a setembro, a Petrobras produziu 1,995 milhão de barris no Brasil, enquanto a meta estabelecida pela estatal para o período era de 2,1 milhões. Nos primeiros nove meses de 2009, a Petrobras produziu 1,963 milhão de barris de petróleo por dia, disse Barbassa na conferência por telefone com investidores.
Na conferência, o coordenador de Exploração e Produção da Petrobras, Eduardo Molinari, adiantou que a sequência das inaugurações e o fim de obras de novas unidades vão trazer uma estabilidade aos níveis de produção da companhia. Ele admitiu que as metas da Petrobras ;são bastante desafiadoras" e que, mesmo sem ter atingido a meta de 2,1 milhões de barris por dia de janeiro a setembro deste ano, os níveis de produção tiveram um crescimento histórico nos últimos anos, da ordem de 5% ao ano.