postado em 16/11/2010 20:26
Brasília ; A Caixa Econômica Federal terminou o terceiro trimestre do ano com depósitos de R$ 203,4 bilhões, dos quais R$ 123,3 bilhões em cadernetas de poupança, que cresceram 18,5% em relação ao estoque registrado em setembro do ano passado, como mostra o balanço trimestral divulgado nesta terça-feira (16/11) pela instituição.Destaque também para os depósitos à vista, que totalizavam 18,5 bilhões, com evolução de 31,9% na comparação anual. Isso ocorreu, em parte, porque a Caixa abriu 122 mil contas no trimestre para brasileiros de baixa renda que viviam fora do sistema bancário e agora têm a conta Caixa Fácil.
De acordo com o balanço trimestral da instituição, houve forte evolução nas operações de crédito, que atingiram R$ 162,8 bilhões no acumulado do ano, com aumento de 45,4% comparado ao saldo contabilizado em setembro de 2009.
Do total, R$ 53,9 bilhões referem-se a operações de crédito comercial: R$ 26,4 bilhões para pessoas físicas e R$ 27,5 bilhões para empresas. Significa dizer que as famílias aumentaram o endividamento em 30,4% e as pessoas jurídicas tomaram 31,7% mais empréstimos.
Mas o grande filão da Caixa continua sendo o crédito imobiliário que já atingiu contratações de R$ 54 bilhões no ano, mais que os R$ 49 bilhões negociados em todo o ano de 2009 e um salto de 45% em relação aos financiamentos em igual período do ano passado. A isso, o banco soma ainda os R$ 11 bilhões destinados a saneamento e infraestrutura, que tiveram expansão de 37,5%.
Dos financiamentos habitacionais, a Caixa contratou 122 mil moradias no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, entre julho e setembro, com investimentos de R$ 7,3 bilhões. De acordo com o banco, as contratações dentro do programa superam 665 mil unidades no acumulado do ano.
A Caixa ressalta ainda que a inadimplência geral tem caído gradativamente em suas operações de crédito. Para atrasos superiores a 90 dias, a taxa ficou em 2% no terceiro trimestre, abaixo do percentual de 2,5% em igual período de 2009; recuou de 3,6% para 2,9% no crédito comercial, e de 2% para 1,7% no crédito habitacional na comparação anual.