A Copa do Mundo no Brasil impulsionará o país a se transformar no terceiro maior mercado de televisores em 2014, atrás da China e dos Estados Unidos. Só neste ano deverão ser vendidos 11,5 milhões de unidades (20% a mais do que em 2009) em solo nacional, número que, estima-se, crescerá ainda mais a médio prazo, graças a eventos como o mundial de futebol e as Olimpíadas no Rio de Janeiro. O cenário é tão promissor que algumas das principais fabricantes do planeta decidiram instalar linhas de montagem no país.
A estratégia é, além de conquistar uma fatia dos consumidores barateando o preço por meio da redução de importações, aproveitar incentivos dos governos para o desenvolvimento da indústria nacional. O secretário de política de informática do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) , Augusto Gadelha, anunciou durante o congresso Latin Display que, até agora, seis empresas contam com projetos aprovados no Conselho de Administração (CAS) da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com vistas à produção de dispositivos de cristal líquido para televisores e monitores LCD.
Os investimentos anunciados pelas seis empresas totalizam cerca de R$ 1 bilhão, com a expectativa de gerar aproximadamente 1,5 mil empregos ao longo dos próximos três anos. Almir Kimura, gerente da fábrica da Philips em Manaus (AM), primeira a iniciar a produção do módulo das tevês de LCD na região, afirmou que os incentivos fiscais somados à necessidade de modernizar o parque industrial da empresa em um mercado emergente foram fatores decisivos pela escolha dos investimentos no Amazonas. "Além disso, há a questão da sustentabilidade. Quando se produz aqui, as peças vão direto para a linha de montagem, sem necessidade de embalagens", diz.
A favor da competição
O Google anunciou que lançará, em breve, um telefone equipado com um chip que permitirá ao dono fazer pagamentos virtuais. O aparelho será uma evolução do multifuncional Nexus One, e contará com um aplicativo batizado de Gingerbread. O diretor executivo da empresa, Eric Schmidt, não revelou qual companhia fabricou o gadget. Ainda não há previsão de quando o produto começará a ser comercializado no Brasil.
;Tenho aqui comigo um produto ainda não anunciado;, brincou, ao tirar do bolso do casaco um telefone de tela sensível ao toque, durante uma palestra na Feira 2.0 em São Francisco, Califórnia. ;Este aparelho móvel será capaz de fazer compras;, continuou. ;Essencialmente, ele serve para tudo e algum dia substituirá os cartões de crédito. Na indústria, é o que chamamos de tocar e pagar.;
Os chips armazenam dados pessoais que podem ser transmitidos a leitoras de lojas, por exemplo, apoiando o telefone sobre uma plataforma. O Google trabalhou com a gigante da eletrônica taiwanesa HTC para desenvolver o Nexus One, lançado em janeiro, quando estreou no mercado dos telefones celulares multifuncionais. O celular roda com o sistema operacional Android, também desenvolvido pelo Google. (GHB)