Economia

Nova queda do petróleo em Nova York e Londres

Agência France-Presse
postado em 17/11/2010 19:19
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo voltaram a cair nesta quarta-feira (17/11) em Nova York e Londres, apesar de uma baixa espetacular das reservas nos Estados Unidos, quando os investidores mostram-se inquietos em relação à eventual alta de taxas na China.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate ("light sweet crude") para entrega em dezembro fechou a US$ 80,44, em baixa de US$ 1,90 em relação à essa terça-feira.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu US$ 1,45, a US$ 83,28.

"O mercado testa a barreira dos US$ 80", notou Matt Smith, da Summit Energy. O barril caiu até US$ 80,06, mas não baixa a esse nível desde 20 de outubro.

"As posições de compra estão desaparecendo", comentou o analista, em meio aos temores tanto por um eventual aumento da taxa de juros na China, como pelas dívidas soberanas de alguns países da zona do euro.

A queda foi rápida, em quatro sessões o barril de WTI perdeu US$ 7,37, após subir ao nível mais alto desde outubro de 2008 na semana passada.

Os investidores especulam sobre um aumento das taxas de juro chinesas para enfrentar a inflação no país, "o que desaceleraria o crescimento do consumo de petróleo na China", explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Por outro lado, os operadores seguem a evolução da situação na zona do euro, onde a Irlanda prepara-se para aceitar um plano de ajuda internacional a fim de resgatar os bancos em dificuldades.

O analista acrescentou que "esses dois elementos influenciam o valor do dólar, que se fortaleceu nos últimos dias", o que afeta, por sua vez, as cotações das matérias primas, pressionadas por um movimento de correção.

Uma nova queda dos preços é registrada, apesar da espetacular queda das reservas de petróleo nos Estados Unidos na semana passada.

Segundo dados do departamento de Energia, elas baixaram 7,3 milhões de barris, quando analistas interrogados pela agência Dow Jones Newswire previam uma queda de apenas 100 mil barris.

Por trás destas cifras oculta-se uma realidade menos positiva, disse Antoine Halff, do Newedge group.

"Os valores da demanda são bastante frágeis. Nas últimas três semanas, houve uma melhora na entrega de produtos refinados, que finalizou nesta semana", disse o analista.

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