Agência France-Presse
postado em 18/11/2010 10:37
PARIS - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) confirmou nesta quinta-feira (18/11) uma desaceleração no crescimento dos países ricos que a integram - em particular nos Estados Unidos. A entidade também pediu para que seja intensificada uma coordenação para reduzir os desequilíbrios mundiais que ameaçam a reativação econômica.
A OCDE prevê, em seu mais novo relatório sobre as perspectivas econômicas, que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial será de 4,6% em 2010, mas cairá a 4,2% em 2011, antes de subir novamente para 4,6% em 2012.
A desaceleração de 2011 é perceptível nas principais zonas abrangidas pela OCDE, formada por 33 dos países mais ricos do mundo, com economias de mercado e regimes democráticos.
O conjunto da OCDE crescerá 2,8% este ano (mais que os 2,7% previstos no informe de maio passado), mas seu PIB só aumentará 2,3% em 2011. Além disso, o desemprego na área continuará elevado.
Nos Estados Unidos, a revisão para baixo é mais clara ainda: a principal potência mundial crescerá 2,7% em 2010 (a previsão anterior era de 3,2%) e 2,2% em 2011. Em 2012, em compensação, chegará a 3,1%.
O PIB de Eurozona, por sua vez, terá este ano um crescimento de 1,7% (melhorando a previsão de maio, de 1,2%), mas no ano que vem estancará nesse nível, para chegar a 2% em 2012.
A OCDE reviu a previsão do Japão para este ano, com crescimento de 3,7% (em vez dos 3% previstos em maio). Mas a economia japonesa deverá contentar-se com um crescimento de 1,7% em 2011 (menor de 2% que a OCDE projetava em maio) e de 1,3% em 2012.
"Os riscos continuam sendo substanciais e os desequilíbrios mundiais, elevados e mais acentuados em alguns países", por isso se teme "uma fragilização da reativação", adverte no informe o economista da OCDE Pier Carlo Padoan. Ele pede uma "ação coordenada de políticas macroeconômicas" e de políticas cambiárias.
Os dois países latinos - Chile e México - que fazem parte da OCDE têm perspectivas mais promissoras. O PIB chileno, que em 2009 caiu 1,4%, crescerá 5,2% este ano, 6,2% em 2011 e 5,4% em 2012.
O do México, que, em 2009, sofreu uma recessão de 6,6%, crescerá 5% este ano, 3,5% em 2011 e 4,2% em 2010, segundo a OCDE