Economia

Petróleo cai em Nova York e Londres após medidas da China

Agência France-Presse
postado em 19/11/2010 19:08
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo caíram levemente nesta sexta-feira (19/11) em Nova York, após medidas de ajuste monetário na China, acolhidas sem surpresa.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate ("light sweet crude") para entrega em dezembro fechou a us$ 81,51, em baixa de 34 centavos em relação à essa quinta-feira.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 71 centavos, a US$ 84,34.

"Como era esperado, a China aumentou suas taxas (de depósito compulsório). Poderíamos ter tido uma reação (dos preços do petróleo) mais marcada à baixa, mas isso já havia acontecido na sexta-feira passada, quando os chineses começaram a indicar que fariam isso", explicou Phil Flynn, da PFG Best Research.

O banco central chinês anunciou oficialmente uma nova alta de 50 pontos básicos, para 18%, na taxa de depósito compulsório dos bancos, com o objetivo de lutar contra a inflação. As intenções da China de desacelerar a economia trazem o temor de uma redução da demanda de petróleo, impulsionada principalmente pelo gigante asiático.

"A China é o segundo consumidor mundial de petróleo e o país cujo crescimento da demanda é o mais importante", lembrou Bart Melek, da BMO Capital Markets.

Entretanto, esse tipo de medida de ajuste monetário não é a mais radical.

"Os temores de que a China eleve suas taxas de juros persistem, o que seria mais grave", mas antes do fim de semana os investidores preferiram ajustar as posições, disse Bart Melek.

Os investidores estavam preparados para este anúncio de Pequim. Há uma semana, os preços começaram a baixar, em meio às especulações sobre um aumento das taxas, abandonando mais de US$ 7 em quatro sessões, antes de se recuperar na quinta-feira.

O outro problema sobre o qual o mercado havia se concentrado, as dificuldades da Irlanda, parecia caminhar em direção a uma solução.

Nesta sexta-feira, em Dublin, especialistas europeus e do Fundo Monetário Internacional entraram em negociações que podem durar durar semanas, sobre um vasto plano de resgate destinado a sanar os bancos irlandeses.

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