Economia

Ministro reduz previsão de construção de usinas nucleares no país até 2030

postado em 23/11/2010 21:27
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro, disse nesta terça-feira (23/11) que o número de usinas nucleares que serão construídas no país até 2030 pode ser menor do que quatro. A previsão inicial era que, além de Angra 3, já em construção, mais quatro usinas nucleares seriam instaladas no país até o fim da próxima década.

;Havia estudos anteriores que falavam em quatro. Estudos mais recentes falam em um número menor de usinas. Mas não há uma decisão final sobre isso;, disse à TV Brasil, após participar do 1; Encontro de Negócios de Energia Nuclear, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo Pinheiro, no momento, estão sendo feitos estudos sobre os locais mais apropriados para a construção das novas usinas, mas ainda sem uma definição.

Segundo Leonan dos Santos Guimarães, assessor da presidência da Eletronuclear, o índice de nacionalização das novas usinas deve ser mantido conforme a previsão original, de 70%. ;Em Angra 3, espera-se chegar a 54% (de nacionalização), mas é um projeto antigo. Para as novas usinas, a gente estabeleceu como meta alcançar índice de 70%;, disse. Quando as novas usinas estiverem em operação, a previsão é de mais 4 mil megawatts (MWs) nucleares adicionais no sistema elétrico brasileiro, 2 mil MWs no Nordeste e 2 mil MWs no Sudeste.

A primeira usina nuclear brasileira, Angra 1, foi inaugurada em 1985. Angra 2 começou a fornecer energia em 2000. A terceira usina, Angra 3, tem previsão de entrar em funcionamento no fim de 2015. As demais deverão estar prontas até 2030.

Hoje, o Brasil domina todos os processos para a produção de energia a partir do urânio. Da mineração à produção do combustível nuclear, além do sistema de armazenamento do resíduo.

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