Economia

Caixa: necessidade de crescer justifica aquisição de parte do PanAmericano

postado em 24/11/2010 12:17
Brasília - A presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse nesta quarta-feira (24/11) que a aquisição de parte do capital do Banco PanAmericano foi uma consequência da necessidade de crescimento da instituição pública, a partir de 2008, %u201Cnotadamente democratizando o acesso ao crédito às famílias brasileiras%u201D. No dia 9 deste mês, o PanAmericano comunicou que recebeu aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para restabelecer o equilíbrio patrimonial. No ano passado, a Caixa pagou R$ 739,2 milhões para adquirir parte do banco, pertencente ao Grupo Silvio Santos. Segundo Maria Fernanda, houve na Caixa uma %u201Cdiscussão bastante intensa%u201D sobre a importância de aquisições. %u201CO que nós percebemos é que o crescimento das instituições financeiras tem passado por um processo de consolidação. Os principais bancos passaram por um processo de consolidação dos seus ativos, a partir de fusões e aquisições de outras instituições%u201D, destacou, em audiência conjunta das comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos do Senado. Ela exibiu gráficos para mostrar o processo de incorporações e fusões dos grandes bancos nos últimos anos, que, com isso, ampliaram seus ativos. %u201CA Caixa é um banco público, mas é um banco que atua nesse segmento e que necessita ter presente a sua condição e sua capacidade de crescimento%u201D, disse, ao mostrar um quadro indicando que a instituição foi superada no ranking de bancos devido às restrições para acompanhar o processo de consolidação bancária. %u201CA Caixa era a única instituição bancária que não tinha autorização legal para fazer aquisições e fusões%u201D, lembrou Maria Fernanda. Ela acrescentou que, até junho de 2001, quando ocorreu a reestruturação da Caixa, a instituição disputava com as demais instituições financeiras em volume de ativos, mas passou a perder competitividade a partir de dezembro de 2006. %u201CEra necessário para a Caixa ter um instrumento legal que lhe possibilitasse (fazer) aquisições e fusões, para exercer o seu papel de banco público e de democratização do crédito%u201D. De acordo com a presidenta, dados do último balanço da Caixa indicam o crescimento expressivo das operações de crédito. %u201CNa variação dos últimos 12 meses, nossas operações cresceram 45%, lembrando que, em 2003, o saldo da nossa carteira de crédito era de R$ 25 bilhões. Hoje, nós já chegamos a R$ 163 bilhões e devemos fechar o ano em R$ 180 bilhões%u201D, destacou.

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