Agência France-Presse
postado em 24/11/2010 21:57
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (24/11) em Londres e Nova York, sustentados por indicadores econômicos favoráveis nos Estados Unidos, somandos a um aumento da oferta e a uma alta limitada dos estoques da commodity.Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro subiu cerca de 3%, ficando em US$ 83,86, uma alta de US$ 2,61.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou US$ 2,59, a US$ 85,84.
"Os investidores parecem mais inclinados a se concentrar nos indicadores econômicos que nos problemas de Irlanda e Coreia do Norte e o dólar se manteve quase estável", disse Tom Bentz, da BNP Paribas.
Após flertar com a barreira dos US$ 80 no início da semana, em meio às tensões geopolíticas na Coreia do Norte e às dificuldades orçamentárias na zona do euro, os preços subiram nesta quarta-feira.
Nos Estados Unidos, os dados semanais do Departamento do Trabalho mostraram que o número de novos desempregados inscritos caiu para o menor nível desde julho de 2008, antes do pico da crise financeira.
Outro indicador alentador do lado do consumo, a renda das famílias americanas, subiu 0,5% em outubro em relação a setembro, permitindo uma aceleração do consumo.
A esses dados são acrescentados vários problemas de abastecimento, afirmou Antoine Halff, do Newedge Group. Nos Estados Unidos, principalmente, as autoridades solicitaram ao Grupo Shell que mantenha baixa pressão em um de seus oleodutos.
"Há preocupações sobre se este é um caso isolado ou em geral um problema do conjunto dos oleodutos dos EUA", disse Antoine Halff.
O informe semanal do departamento de Energia americano não foi particularmente alto, mas o aumento dos estoques de petróleo foi limitado em relação à previsão anunciada na terça-feira pela API, a Associação de industriais petroleiros americanos.
Segundo o DoE, os estoques de petróleo aumentaram um milhão de barris na semana finalizada em 19 de novembro, quando analistas ouvidos pela agência Dow Jones estimavam, pelo contrário, uma queda de 1,9 milhões de barris.
Os dados da API previam uma alta de 5,2 milhões de barris.