Madri ; O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse neste sábado (27/11) que "se for necessário acelerar as reformas, nós o faremos". Ele destacou que não se desviará da "austeridade" econômica, depois de uma semana tensa nos mercados devido às incertezas acerca da dívida pública espanhola.
As declarações foram dadas após reunir-se com os diretores de 37 grandes empresas espanholas. Para o primiero-ministro, a ação econômica do governo se baseia em três eixos: "austeridade" no gasto público, reestruturação do sistema financeiro, com as fusões das caixas de poupança, e "as reformas estruturais" (trabalhista, previdenciária e energética).
Em relação ao terceiro ponto, o chefe do governo espanhol diz querer "dar continuidade às reformas estruturais, colocando-as em prática o mais rápido possível" para que o país "se torne mais produtivo e competitivo".
Sobre as aposentadorias, Zapatero destacou que o governo quer levar adiante a reforma, prevista para o primeiro trimestre de 2011. A previsão é de aumentar de 65 para 67 anos a idade legal de aposentadoria.
O primeiro-ministro anunciou ainda a criação de uma "comissão nacional" para melhorar a competitividade das empresas. A nova entidade será independente e contará com "personalidades" de peso, segundo o chefe de governo.
Quanto às caixas de poupança, a reorganização conduzida pelo Banco da Espanha foi planejada "com celeridade" e será concluída até o Natal, acrescentou Zapatero.