Agência France-Presse
postado em 28/11/2010 16:35
O plano de ajuda da UE e do FMI para a Irlanda será de 85 bilhões de euros (114 bilhões de dólares), dos quais 10 bilhões para uma "recapitalização imediata" e 35 bilhões para apoiar seu setor bancário, anunciou este domingo, em Bruxelas, o chefe dos ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker.O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, anunciou, durante entrevista coletiva, que o plano de ajuda foi "validado" pelos ministros das Finanças da União Europeia.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuirá com 22,5 bilhões de euros (30.000 milhões de dólares) ao plano, anunciou o governo de Dublin.
O premier Brian Cowen descartou categoricamente a suspensão de pagamentos da colossal dívida da ilha, como pede parte da população, e assegurou que a Irlanda "não é um país irresponsável".
O governo irlandês anunciou que o país terá que pagar uma taxa de juros média e flexível de 5,8% ao ano no âmbito deste plano de resgate.
Esta taxa é superior à de 5,2%, imposta à Grécia, primeiro país a receber ajuda internacional na primavera (boreal) passada, mas inferior à de 6,7%, que a imprensa especulava até a véspera.
"Se (o plano) for aplicado na totalidade, a taxa média anual acumulada será da ordem de 5,8% anuais. Esta taxa vai variar em função do momento em que a linha de crédito for utilizada e das condições do mercado", explicou Cowen.
A Irlanda contribuirá, por sua vez, com 17,5 bilhões de euros (23,2 bilhões de dólares), explicou o primeiro-ministro.
"A contribuição do Estado a este programa de 85 bilhões de euros será de 17,5 bilhões (de euros), que virão do nosso Fundo Nacional de Reserva para as Pensões, assim como outra liquidez nacional", afirmou.