Economia

Casa Branca insta legisladores a renovarem seguro desemprego

Agência France-Presse
postado em 02/12/2010 18:06
Washington - A Casa Branca instou nesta quinta-feira (2/12) o Congresso a prorrogar o programa de seguro desemprego, assim que expirar um dispositivo que tem efeito direto na economia de dois milhões de americanos.

"Prorrogar este apoio aos mais afetados pela crise não é só o que é preciso fazer, mas é uma boa política do ponto de vista econômico", disse Austan Goolsbee, presidente do Círculo de Assessores Econômicos (CEA) do presidente Barack Obama.

"Deixar que entrem milhões de americanos adicionais na precariedade prejudicará a nossa economia, em um momento crítico de reativação, e terá efeitos negativos imediatos nos gastos dos consumidores", acrescentou Goolsbee.

O CEA afirmou, em relatório publicado na quinta-feira, que se o programa de seguro desemprego não for retomado, "o país poderia perder 600 mil empregos antes do fim do ano".

O programa de seguro desemprego destinado a ajudar dois milhões de desempregados expirou na noite de terça-feira sem que os legisladores tenham chegado a um acordo.

Na Câmara de Representantes, os deputados rejeitaram a medida em 18 de novembro, principalmente devido à oposição republicana.

O futuro presidente desta Câmara, o republicano John Boehner, qualificou esta quinta-feira de "titica de galinha" a votação organizada pelos democratas para prorrogar este subsídio.

"Tento conter o ímpeto para não qualificar o que está acontecendo hoje de titica de galinha", disse o republicano, que assumirá em janeiro o cargo na Câmara de Representantes, de maioria republicana.

No Senado, os republicanos só querem discutir um projeto de lei de finanças do governo, e uma prorrogação das medidas fiscais aprovadas sob o governo de George W. Bush, em 2001 e 2003, que expiram em 31 de dezembro.

Os democratas buscam que os subsídios para os desempregados se mantenham até 28 de fevereiro.

O custo da medida, de US$ 12,5 bilhões, é uma das objeções mencionadas pelos republicanos, que insistem em uma redução dos gastos do Estado, um dos temas de campanha prediletos.

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