postado em 03/12/2010 17:15
Rio de Janeiro - As medidas de restrição ao crédito anunciadas nesta sexta-feira (3/12) pelo Banco Central (BC) não devem ter impacto negativo nas vendas de Natal. A avaliação é do economista João Carlos Gomes, superintendente de Economia e Pesquisas da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).;As medidas não vão influenciar nada no Natal, porque todas as variáveis que dão suporte para um final de ano favorável já estão dadas. Temos o acúmulo de mais de dois milhões de empregos gerados durante o ano (no país), a renda subiu mais de 6% em relação a outubro do ano passado e uma saúde financeira bastante favorável da população, dado o volume de inadimplência baixo;, disse Gomes. ;Então, não há por que falar que as pessoas, na tomada de decisão e previamente organizadas, vão sofrer algum tipo de influência de qualquer mudança de política monetária.;
O economista da Fecomércio acredita que a decisão do BC tenha sido tomada como forma de se evitar uma nova elevação da taxa de juros básica da economia. ;Tudo indica que essa foi uma medida para não subirem os juros agora em dezembro.;
Apesar de considerar desprezível no curto prazo o impacto da redução de crédito imposto pelo BC, João Carlos alerta para efeitos negativos sobre o comércio em 2011, se mantidas as decisões, aliadas a uma alta na taxa de juros. ;O impacto de curtíssimo prazo é zero. Mas daqui para frente não. Se houver a manutenção do compulsório e aumento de taxa de juros em janeiro, avançando em uma política monetária restritiva, aí haverá uma tendência que o resultado do comércio seja influenciado negativamente .;