Economia

iPad deve faltar no fim de ano no Brasil, mesmo sendo o mais caro do mundo

postado em 04/12/2010 08:00
Um dos primeiros a comprar o aparelho, José Antônio Araújo vai usá-lo para facilitar a vida na universidadeO primeiro dia de vendas do iPad no Brasil foi marcado por filas nas principais revendedoras e pelo temor dos consumidores de que a oferta seja menor do que a procura neste Natal. O lançamento oficial foi à meia-noite de quinta-feira para sexta na Fnac Morumbi, em São Paulo. Por volta das 21h30, já havia fila na entrada da loja. Em Brasília, o lançamento ocorreu no mesmo dia e horário, na CTIS da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) onde, em menos de duas horas, 47 unidades foram vendidas. A Apple não confirma, mas a estimativa é a de que 50 mil dispositivos tenham chegado nesta primeira leva ao país.

A Fnac garante que tem estoque suficiente para suprir toda a demanda, mas o gerente de operações da CTIS em Brasília, Mário Arruda, teme pela falta do produto no fim de ano. A empresa fez um primeiro pedido de 1.040 peças e receberá, nas próximas semanas, mais 600. Até as 16h30, a CTIS já havia vendido 228 tablets. No primeiro dia, Brasília foi a praça que apresentou o segundo melhor desempenho da rede Fnac, atrás apenas de São Paulo.

Um levantamento preparado pela Macworld comprova que o preço do aparelho, no Brasil, é o mais caro do mundo. Aqui, o modelo mais barato sai por R$ 1.649. Nos Estados Unidos, o valor cai para o equivalente a R$ 848, quase a metade.

Mas os altos preços não desanimaram os consumidores. O engenheiro civil Mauro Barbosa, 44 anos, foi o primeiro cliente do DF a comprar o iPad. Barbosa levou para casa dois modelos 3G, com 64GB, e presenteará a mulher com um dos dispositivos neste Natal.

Barbosa afirma que o tablet será usado no trabalho para criar planilhas de orçamento, fazer pesquisas de obras, apresentação de projetos e escrever textos. ;Já tenho um plano de dados da TIM e comprei o produto pela qualidade de resolução, reprodução de músicas e facilidade de transporte;, destacou.

Inovação
O estudante de engenharia elétrica José Antônio Araújo, 20 anos, chegou às 21h47 à loja da CTIS. À 0h35, o estudante tinha em mãos um modelo 3G, com 64GB, parcelado em 10 meses. Araújo tem um iPhone, um iPod e crê que o iPad vai tirar todo o peso da mochila, pois pretende baixar os livros, fazer as pesquisas e apresentar os trabalhos com o dispositvo. ;O iPad é uma inovação sem tamanho. Vai facilitar bastante minha vida de universitário;, comemorou.

Já Athos Costa Carvalho, 24 anos, militar, tem um iPhone e comprou o modelo básico do iPad, com 16GB. Carvalho também é estudante de design de interfaces gráficos e crê que o tablet será uma ferramenta de estudos. ;A partir de agora, vou deixar o notebook em casa e só vou levar para faculdade o iPad. Nunca mais vou carregar um livro;, festejou.

Três operadoras anunciaram a oferta de pacotes específicos de internet móvel para o iPad. Na Vivo, por exemplo, os pacotes têm 1GB (R$ 89,90), 4GB (R$ 119,90) e 8GB (R$ 199,90). A operadora ainda ofereceu desconto de 50% na primeira mensalidade.

O chip micro-sim, compatível com o tablet, saía por R$ 10. Já a Oi oferece franquia de dados 5GB por R$ 76,50 e de 2GB por R$ 59,50. A outra é a TIM, cujo plano de acesso ilimitado custa R$ 59,90 ao mês.

O mais caro
Valor do tablet dói no bolso do consumidor (modelo mais barato)

Países - Preço - (Em R$)

Brasil - 1.649

Argentina - 1.450

Reino Unido - 1.140

Portugal - 1.120

Alemanha - 1.120

França - 1.120

Itália - 1.120

Austrália - 1.050

Canadá - 930

Estados Unidos - 848

Fonte: Macworld Brasil

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação