postado em 08/12/2010 14:09
Os bancos que atuam no Brasil criaram 17.067 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2010, saldo resultante das 43.719 admissões e das 26.652 demissões, segundo dados da sétima edição da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mesmo período de 2009, os bancos fecharam 2.076 postos de trabalho.Apesar do aumento das contratações este ano, os trabalhadores do setor estão ganhando menos. De janeiro a setembro, a remuneração média dos admitidos (R$ 2.159,15) foi 38,28% inferior à dos desligados (R$ 3.498,38).
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o sistema financeiro foi responsável por 0,77% do total de 2.201.406 postos criados por todos os setores da economia nos nove meses do ano.
A pesquisa revela que o saldo positivo do emprego nos bancos está concentrado nas faixas salariais mais baixas, com predominância para o segmento de 2,01 a três salários mínimos, que registrou um saldo de 19.589 postos de trabalho.
A partir desse patamar, todas as faixas apresentam saldo negativo de emprego, com destaque para o segmento de 5,01 a sete salários mínimos, em que houve a diminuição de 1.793 postos de trabalho.
Segundo a pesquisa, esse movimento se deve ao fato de a maior parte das admissões (59,65%) estar concentrada na faixa de dois a três salários mínimos.
No recorte por gênero, a pesquisa mostra que o saldo do emprego bancário entre janeiro e setembro de 2010 foi mais favorável às mulheres, com 9.085 vagas criadas (53,22%), enquanto para os homens o saldo foi de 7.985 (46,78%).
Os trabalhadores do sexo masculino representaram 50,53% das admissões e 52,94% dos desligamentos, enquanto a participação feminina correspondeu, respectivamente, a 49,47% e 47,06%.