NOVA YORK - Os preços do petróleo retrocederam nesta sexta-feira nos mercados de Nova York e Londres, na véspera da reunião dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Quito, e diante dos temores de que a China adote medidas para segurar a inflação que limitem a demanda do produto.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate ("light sweet crude") para entrega em janeiro fechou a 87,79 dólares, em queda de 58 centavos em relação à quinta-feira.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 51 centavos, a 90,48 dólares.
China publicou cifras de comércio exterior de novembro que registram números recordes de exportações e importações, e o mercado petroleiro seguiu, principalmente, as importações de petróleo, que saltaram 22% em relação ao mesmo mês de 2009. "A solidez das importações chinesas reforçaram a confiança do mercado, mas o anúncio de uma elevação nas taxas dos bancos o esfriaram", disseram analistas do JPMorgan.
Esta foi a sexta vez no ano que o BC chinês elevou a taxa compulsória dos bancos, um sinal de que as autoridades planejam deter a inflação.
O mercado petroleiro teme que, ao enfrentar o superaquecimento da economia, os dirigentes chineses reduzam a demanda do segundo consumidor mundial de petróleo.
"Penso que a demanda chinesa pode baixar", comentou Antoine Halff, do Newedge Group. "O mercado tem a tendência de absorver muito todas as notícias relacionadas à China...".
A atenção do mercado se orienta agora para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que deve decidir no sábado, em Quito, manter suas atuais cotas de produção.