Economia

Petróleo inicia a semana em alta em Nova York e Londres

Agência France-Presse
postado em 13/12/2010 19:35
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (13/12) em Londres e Nova York, ante sinais de que a economia chinesa mantém um forte crescimento, sem que as autoridades tomem medidas adicionais para desacelerá-la.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em US$ 88,61, em alta de 82 centavos em relação à última sexta-feira.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento subiu 71 centavos, a US$ 91,19.

Na China, segundo consumidor mundial de petróleo e motor do consumo mundial nos últimos anos, a inflação alcançou 5,1% em novembro, superando as previsões dos analistas e no nível mais alto desde julho de 2008.

"As autoridades chinesas ainda não tomaram medidas para desacelerar a economia após os números do fim de semana", observou John Kilduff, da Again Capital.

"É uma forma de funcionar típica dos chineses, levarão seu tempo e refletirão sobre a forma de desacelerar o crescimento", acrescentou. "Enquanto medidas não forem tomadas, continuaremos em um estado de forte demanda".

Muitos analistas especulavam sobre uma alta das taxas de juros por parte do banco central chinês, para reduzir a inflação e evitar um reaquecimento da atividade.

"Se (Pequim) tivesse feito isso, iria desacelerar o crescimento econômico e afetar a demanda de petróleo", disse Andy Lipow, de Lipow Oil Associates. "Como isso não aconteceu, as pessoas apostam em um mercado petroleiro orientado à alta, porque a demanda continua crescendo".

Do lado da oferta, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu no sábado em Quito manter as quotas de produção sem mudanças, nos níveis de janeiro de 2009. Os membros do organismo expressaram a inquietação com a incerteza econômica que pode afetar em 2011 a demanda mundial de petróleo.

Essa decisão foi amplamente antecipada por especialistas do mercado petroleiro.

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