Economia

Petróleo sobe em Londres e Nova York após queda de estoques nos EUA

Agência France-Presse
postado em 15/12/2010 19:39
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo subiram levemente nesta quarta-feira (15/12) em Londres e Nova York, estimulados pelo anúncio de uma queda espetacular das reservas de petróleo nos Estados Unidos, um movimento relativizado pelos analistas.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em US$ 88,62, em alta de 34 centavos em relação à terça-feira.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou 99 centavos, a US$ 92,20.

Após abrir em baixa, os preços do WTI passaram ao azul depois da publicação dos dados semanais do departamento de Energia americano sobre a evolução das reservas petroleiras do país, que relataram uma queda de 9,9 milhões de barris dos estoques de petróleo na semana passada.

"O sobressalto inicial explica-se evidentemente pela amplitude da queda dos estoques de petróleo", cometou Matt Smith, da Summit Energy.

Mas "olhando os dados detalhadamente, parece que se tratará mais de uma anomalia do que de outra coisa", disse. "É uma situação de fim de ano, na qual alguns operadores buscam evitar o pagamento de impostos. Não é realmente nem positivo nem negativo para os preços, e uma vez que a informação foi assimilada, não influenciou mais os preços".

Vários fatores contribuíram para explicar a queda das reservas de petróleo: diminuição das importações, ritmo de atividade em alta das refinarias. Mas ainda que a demanda seja boa no país, as refinarias estão motivadas principalmente por razões fiscais, segundo os analistas.

"As refinarias buscaram se ajustar aos seus objetivos de fim de ano em termos de estoques", explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. "As regras contábeis nos EUA se baseiam na diferença entre o valor das reservas no início e no final do ano. Com o recente aumento dos preços, se acumularem reservas, têm que pagar mais impostos".

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