Economia

Petróleo sobe em Londres e Nova York, sustentado por tempo frio

Agência France-Presse
postado em 20/12/2010 18:36
Nova York (EUA) - Os preços do petróleo aumentaram nesta segunda-feira (20/12) em Londres e Nova York, após uma sessão hesitante e calma, quando o tempo frio particularmente na Europa, assim como na China e no norte dos Estados Unidos, sustenta as previsões de demanda.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em US$ 88,81, em alta de 79 centavos em relação à sexta-feira.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento subiu 1,07 dólar, a US% 92,74.

"Houve um sobressalto com a aproximação do fechamento. O mercado está bastante calmo com a chegada das férias", observou Matt Smith, da Summit Energy. Durante o dia não houve indicadores maiores.

O mercado petroleiro foi sustentado pela onda de frio que assola os Estados Unidos e a Europa atualmente, em particular o Reino Unido, onde a neve e o frio paralisam os transportes.

"As previsões de boa demanda para os produtos petroleiros arrastavam os preços do petróleo com elas", constatou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

A demanda de combustível para calefação esteve, consequentemente, sustentada, assim como a de combustíveis.

"O mercado de gasolina mostra uma tendência à alta, baseada em previsões de que a demanda originada pelas viagens de festas de Natal registrará uma alta de 3% em relação ao ano passado", explicou Lipow.

Uma frente fria também é esperada no centro e leste da China nesta semana, segundo analistas do JPMorgan.

Esses elementos permitiram compensar um leve fortalecimento do dólar em meio aos persistentes temores sobre os problemas da dívida pública na zona do euro, que limitavam a subida do petróleo, cotado na moeda americana.

Os investidores também seguem a evolução da situação na Nigéria, onde o grupo Chevron confirmou que um dos oleodutos foi danificado no sul do país, provocando a suspensão da produção, após um grupo armado atacar com explosivos três estações de bombeamento.

A Nigéria representa 7% da produção da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo).

De qualquer forma, "o mercado está quase imunizado contra a violência que afeta a Nigéria há dois anos", afirmou Andy Lipow.

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