Economia

Real lidera operações em casas de câmbio de Nova York

Vera Batista
postado em 21/12/2010 08:00
Turistas brasileiros movimentam a troca de divisas em Nova YorkBrasileiros que sempre sofreram em suas viagens internacionais por causa da moeda desvalorizada do país estão sendo tratados com todas as pompas nos Estados Unidos. Mais precisamente em Nova York, onde o real passou a estampar os letreiros das principais casas de câmbio da cidade, tamanho o volume de negócios com a divisa brasileira.

Segundo agentes do mercado de câmbio, às vésperas do Natal, com os voos partindo lotados do Brasil, o real já está sendo a moeda estrangeira mais negociada em várias instituições financeiras. ;Os brasileiros estão gastando o que podem no exterior, beneficiados pelo aumento da renda e da moeda nacional valorizada;, disse um técnico do Banco Central.

Ao mesmo tempo, os estrangeiros estão vindo para o país, atrás dos juros altos e de boas oportunidades de negócios. Diante do fluxo positivo, a moeda norte-americana interrompeu o processo de alta iniciado na semana passada e encerrou as negociações de ontem cotada a R$ 1,708 para venda, com baixa de 0,41%. ;O momento vivido pela economia brasileira está atraindo muito capital. Portanto, não se deve esperar uma reação do dólar tão cedo. A enxurrada de recursos é tanta que, mesmo com as constantes compras do BC, a divisa norte-americana continua fraca;, disse um especialista.

Ele ressaltou que a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) registrou baixa de 1,06%, para os 67.263 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,12%.

MULHER DE MADOFF MINEIRO NA CADEIA
; Maria Aparecida e Ianny Márcia Maioline, respectivamente mulher e irmã de Thales Maioline, apresentaram-se ontem à polícia e vão ficar presas por pelo menos cinco dias. Há suspeitas de que as duas tenham participado de um golpe de R$ 86,1 milhões, que lesou dois mil investidores da Firv, empresa de Thales, que está há 10 dias na cadeia. Oséas Ventura, sócio do empresário, continua foragido. Dos cinco que tiveram a prisão preventiva decretada, Rodrigo Simplício da Silva também não se entregou. Ele é acusado de intermediar a venda de veículos bloqueados da Firv. Prender as pessoas que rodeiam Thales, chamado de Madoff mineiro ; alusão ao megainvestior Bernard Madoff, preso por aplicar golpe milionário em Wall Street ; é uma tentativa de desqualificar a estratégia de Thales de preservar seus parceiros e assumir, sozinho, a culpa pela fraude.

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