postado em 23/12/2010 08:00
Avaliação técnica da Peugeot Partner
Freios
Apresentaram bom comportamento dinâmico. O ABS tem boa calibração e o pedal de freio, boa sensibilidade. As suas reações foram uniformes nos dois eixos, que têm disco nas quatro. Depois de longa descida sinuosa com frenagens fortes na entrada das curvas, o conjunto apresentou boa resistência térmica. O freio de estacionamento atuou normal.
Câmbio
A qualidade de engate é boa em precisão e maciez, além de boa pega no pomo e curso/posição da alavanca no túnel central. As relações de marchas/ diferencial estão bem definidas e atuam com eficiência (cidade/estrada). As trocas são poucas, trazendo conforto. As retomadas satisfazem e trazem segurança.
Motor
O seu rendimento no uso urbano à baixa velocidade/rotação surpreendeu pela agilidade, parecendo ter cabeçote com arquitetura 8V e não 16V. A sua performance é bem superior quando se utiliza somente álcool. As retomadas de velocidade e aceleração são eficientes. Na estrada, aliado ao câmbio sempre presente, é também prazeroso a sua condução mesmo em trechos com algumas subidas. A rumorosidade de funcionamento é normal para um multiválvulas, e o sistema flex funcionou bem.
Vedação
Boa contra água e poeira.
Nível interno de ruídos
O habitáculo não é silencioso com vários pequenos ruídos. O efeito aerodinâmico é evidente e de fácil percepção auditiva já 100km/h.
Suspensão
A engenharia da Peugeot conseguiu um belo acerto das suspensões nos dois quesitos principais. O conforto de marcha é muito bom e poderia ser até superior com um melhor estudo/ definição da pressão dos pneus quando com somente condutor, em que a fábrica indica 38 libras na dianteira e 32 libras na traseira. A leitura das imperfeições do solo nos dois eixos é notável. A estabilidade surpreende para o tipo de automóvel e sua altura em relação ao solo, mesmo utilizando pneus de uso misto. Contorna curvas (asfalto e terra batida) de raios variados em velocidade com precisão e inclinação moderada da carroceria, trazendo segurança e boa dinâmica numa viagem.
Direção
A coluna de direção tem ajuste em altura com bom curso. As cargas do sistema assistido estão bem definidas para o uso misto com leveza/ conforto na cidade e firme/ boa sensibilidade em rodovias. A precisão na reta e em curva é boa, com reações equilibradas e homogêneas. O diâmetro de giro e velocidade do efeito/retorno satisfazem.
Limpador do pára-brisa
As palhetas são eficientes e as áreas varridas no para-brisa e no vidro traseiro são satisfatórias. Os esguichos, quatro no para-brisa, e um de baixo para cima no vidro traseiro, são eficientes com boa vazão e pressão. O reservatório d;água instalado dentro do vão motor tem fácil identificação e acesso. Não tem sensor de chuva.
Iluminação
Os faróis têm construção com parábola simples e auxilio de faróis de neblina embutidos no para-choque (sem tela protetora) e o resultado em iluminação do conjunto foi satisfatório. Há opção de regulagem elétrica dos fachos de faróis. No teto tem plafonier junto ao retrovisor com duplo spot fixo e uma lanterna e para os passageiros de trás dupla lanterna nas extremidades laterais do teto, que também atendem ao vão de carga. Não há luzes de cortesia e sensor crepuscular.
Estepe/macaco
O estepe, que tem a roda em aço e pneu igual aos de uso, está acondicionado abaixo do vão de carga em suporte metálico basculável com acionamento de abaixar/levantar por meio de dispositivo localizado dentro do vão de carga abaixo da proteção plástica do assoalho. A operação de troca é cansativa e nem um pouco limpa. É sem sentido técnico o adesivo fixado no aro reserva indicando a velocidade máxima de 80km/h, sendo que o pneu reserva é igual aos de uso.
Avaliações do engenheiro Daniel Ribeiro Filho, da Tecnodan