postado em 27/12/2010 18:17
Faltando quatro dias úteis para o fechamento do ano, as vendas de produtos brasileiros para o exterior somam US$ 197,999 bilhões e já superam o recorde histórico de 2008, quando as exportações alcançaram US$ 197,942 bilhões.Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as vendas deste ano aumentaram 31,9% em relação às de 2009, considerando-se o critério de média diária. Mas, apesar do menor volume, as importações cresceram mais ainda. As compras externas somaram US$ 179,139 bilhões e evoluíram 42,3% no ano.
Essa diferença percentual em favor das importações vinha acontecendo de forma mais acentuada, ao longo de 2010. Ela diminuiu um pouco agora, porque a balança comercial (exportações menos importações) registra o melhor desempenho do ano neste mês, com saldo de US$ 3,950 bilhões nos 18 dias úteis até agora.
Até então, o melhor superávit mensal no ano era de US$ 3,448 bilhões, em maio, ao passo que os piores resultados foram contabilizados em janeiro, quando a balança comercial teve déficit de US$ 177 milhões, e em novembro último, com superávit de US$ 311 milhões e média diária de US$ 15,6 milhões.
Em razão dessa base de comparação muito baixa, a média diária do saldo neste mês, de US$ 219,4 milhões, é 1.311% superior à média obtida no mês anterior. Isso porque as importações cresceram mais que o esperado em novembro, tanto em máquinas e equipamentos industriais, quanto em combustíveis e bens de consumo duráveis, além do abastecimento tradicional de produtos típicos para as festas de fim de ano.
Houve, neste mês, boa evolução das vendas externas nas três categorias de produtos. Como sempre, os produtos básicos, responsáveis por mais de 70% das exportações, tiveram melhor desempenho no mês, com aumento de 97,9% nas vendas de minério de ferro, petróleo em bruto, café, soja, milho e carnes.
Os semimanufaturados vieram em seguida, com expansão de 35,9% nas vendas de ferro fundido, óleo de soja, ligas de ferro e aço, alumínio e celulose, principalmente. O menor crescimento, de 10,2%, foi nas exportações de produtos manufaturados, como aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis, autopeças, laminados planos, veículos de carga e açúcar refinado.
As importações tiveram desempenho mais fraco em dezembro, com queda de 16,5% em relação a novembro. A retração foi provocada, principalmente, pela queda nas compras de adubos e fertilizantes (-49,5%), combustíveis e lubrificantes (-30,5%), aparelhos eletrônicos (-21,1%), borracha e obras (-18,5%), químicos orgânicos e inorgânicos (-17,5%), plásticos e obras (-15,7%), dentre outros.