Economia

Evo Morales descarta congelamento bancário na Bolívia

Agência France-Presse
postado em 30/12/2010 10:46
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, descartou nesta quarta-feira (29/12) a decretação de um congelamento bancário no país, após uma corrida aos bancos para a retirada de dinheiro.

[SAIBAMAIS]"Não vai haver qualquer ;corralito bancário;, afirmou Morales em mensagem à Nação, ao anunciar um pacote de medidas para paliar a crise provocada pelo reajuste dos combustíveis.

Os bancos privados bolivianos foram tomados por grandes filas nesta quarta-feira, em meio à disparada dos preços provocada pelo reajuste de 83% na gasolina.

"Quando houve um ;corralito bancário;?" - perguntou Morales, antes de destacar que ao assumir a presidência "os depósitos somavam apenas US$ 3 bilhões, e agora temos US$ 8,5 bilhões".

Na mesma mensagem à Nação, Morales anunciou um reajuste de 20% sobre o salário mínimo e a remuneração de policiais, militares, professores e pessoal da Saúde, para compensar o reajuste dos combustíveis.

Segundo Morales, a inflação anual é de 7% a 8%, e poderá subir "algo mais" com o reajuste dos combustíveis, mas a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficará abaixo do aumento salarial concedido hoje.

No domingo passado, a Bolívia anunciou um severo reajuste nos preços da gasolina (83%) e do diesel (73%), com o fim dos subsídios aos combustíveis.

Segundo o governo, os subsídios levavam ao contrabando dos combustíveis para os vizinhos Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, tirando milhões de dólares da Bolívia.

O reajuste dos combustíveis elevou imediatamente os preços de transportes e alimentos no país

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