postado em 31/12/2010 11:50
As principais cidades da Bolívia enfrentaram ontem (30) protestos e paralisações no sistema de transporte público, depois de o governo ter anunciado aumento que pode chegar a 83% no preço dos combustíveis. Na cidades de El Alto e Cochabamba caminhões bloquearam o trânsito nas vias que dão acesso às cidades.Pela medida divulgada no domingo (26), o presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que o reajuste de 72% para a gasolina e de 83% para o diesel. O anúncio gerou rumores de que haveria confisco de poupanças, provocando corrida aos bancos do país.
Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), o Banco Central divulgou um comunicado dizendo que supostas medidas de desvalorização da moeda nacional e congelamento dos depósitos bancários são ;rumores infundados;.
Na nota, o banco afirma que a situação financeira do país é estável e que a autoridade monetária possui níveis ;históricos; de reservas internacionais, com US$ 9,8 bilhões. Depois do anúncio, Morales afirmou que em 2011 aumentará em 20% o valor do salário mínimo, assim como o valor dos benefícios para crianças e idosos de famílias carentes.
;Vamos melhorar, gradativamente, o benefício ;Juancito Pinto; para as crianças em idade escolar e também a renda para os idosos;, disse Morales. Em discurso exibido em rede nacional, Morales disse ainda que ;não existe nada disso de corralito; no país, em referência ao congelamento ou confisco das contas bancárias.
Ontem moradores de El Alto apedrejaram o edifício onde funciona o governo local ; o prefeito Edgar Patana é do mesmo partido que Evo Morales, o MAS (Movimento ao Socialismo). O protesto foi mostrado pelas emissoras de televisão locais.
O ministro de governo, Sacha Llorenti, disse que os protestos são ;um direito, mas o bloqueio de estradas é uma provocação de pequenos grupos; de bolivianos.