postado em 03/01/2011 19:50
O centro da meta de inflação atual, de 4,5% este ano e no próximo, deve ser corrigido para baixo, defendeu hoje (3) o novo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, ao assumir o cargo. Ele acha que a meta, em vigor há 11 anos, pode convergir para o patamar praticado pelos principais países emergentes, em torno de 3%.De acordo com Tombini, a consolidação da estabilidade econômica e o aperfeiçoamento do marco regulatório permitem que o assunto seja posto em discussão. ;Esse é um processo que devemos perseguir no futuro;, afirmou. O novo presidente do BC não mencionou, mas o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai definir a meta de inflação para 2013 em julho deste ano.
[SAIBAMAIS]Ele afirmou que o compromisso com a meta de inflação é um dos pilares da política macroeconômica, juntamente com o regime de câmbio flutuante e por uma política fiscal consistente com a redução entre dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas e serviços produzidos no país.
Tombini, disse também que ;o BC não exita em adotar medidas corretivas sempre que necessário;, com vistas a manter o sistema financeiro nacional (SFN) o mais sólido possível. A regulação da atividade bancária, segundo ele, ;visa a promover um sistema financeiro eficiente, competitivo e, mais do que isso, inclusivo;, de modo a facilitar o acesso aos serviços bancários.
Números da diretoria de Normas e Organização do Sistema Financeiro, até hoje dirigida por ele, mostram que existem mais de 140 milhões de contas bancárias no país. No entender de Tombini, ;isso contribui para o desenvolvimento de um mercado que atualmente representa quase metade do PIB;.
O presidente do BC destacou ainda o crescimento do volume de crédito nos últimos anos. Ressaltou, porém, que o crédito para o consumo deve reduzir o ritmo de crescimento nos próximos meses, ao passo que o financiamento imobiliário tende a ganhar espaço.
Tombini considera isso ;uma mudança salutar;, mas alertou que é necessário cuidado para evitar possíveis ;bolhas; no mercado.