postado em 05/01/2011 08:00
Pequim ; De Heilongjiang, no nordeste, a Yunnan, no sudoeste, as províncias da China estabeleceram metas ambiciosas de crescimento para este e os próximos anos. Esses planos desafiam o objetivo do governo central de tornar a economia mais sustentável.Autoridades locais obcecadas com crescimento costumam ter atritos com as diretrizes de reforma de Pequim e até as desobedecem, mas essa última onda de tensão vem em um momento particularmente sensível.
O governo central tenta diminuir a dependência da economia em fábricas poluentes com alto consumo de energia, além de esfriar a disparada da construção de imóveis, que pode resultar em uma bolha. Esse desejo por moderação deve ser expressado em uma meta de crescimento anual de 7% no plano oficial para 2011 a 2015 ; em discurso no último dia 15, o presidente do banco central, Zhou Xiaochuan, previu que o crescimento do país deve ter ficado em cerca de 10% em 2010. Ele afirmou não estar confiante de que essa seja uma trajetória ;normal;, já que a demanda no mundo está morna.
Os governos locais, no entanto, seguem buscando um crescimento acelerado. De acordo com propostas publicadas, as províncias de Anhui, Fujian, Chongqing, Guizhou, Heilongjiang, Guangxi e Yunnan gostariam de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) local nos próximos cinco anos, o que geraria um crescimento anual de cerca de 15%.
A Mongólia Interior disse que busca ;manter o crescimento dos principais indicadores econômicos superior à média nacional;.
Em parte, uma expansão econômica maior em locais como Guizhou e Guangxi, duas das mais pobres províncias chinesas, condiz com o objetivo de Pequim de impulsionar o interior rural e permitir sua equiparação às áreas costeiras. O problema é que algumas das mais ricas províncias ainda estão estabelecendo metas em números grandes.
Petróleo
O refino de petróleo na China teve uma taxa de aumento anual de 7,95% desde 2006 e atingiu 417,68 milhões de toneladas em 2010 ou 8,35 milhões de barris por dia. A informação é da Federação da Indústria Química e de Petróleo do país. O volume de 2010 foi 11,5% maior que os 7,49 milhões de barris por dia de 2009.
Grécia nega reestrutura de dívida
; O ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, afirmou que o país resolverá a crise de dívida com a ajuda de 7 bilhões de euros em privatizações. De acordo com ele, não se está discutindo uma reestruturação de débitos com credores. A Grécia, cujos problemas fiscais deram início à crise da zona do euro no ano passado, reduziu o endividamento e estabeleceu reformas para cumprir os termos de um resgate de 110 bilhões de euros concedido pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O ministro garantiu não haver conversas com investidores de bônus para estender o pagamento da dívida. ;Isso não ajudaria a Grécia, não ajudaria a economia grega, os bancos gregos, os cidadãos gregos ou o problema europeu;, decretou.
Cautela nos Estados Unidos
Os membros do Federal Reserve consideram que, apesar dos sinais de melhora, a recuperação econômica dos Estados Unidos ainda não está forte o bastante para permitir ajustes monetários. A análise consta na ata, divulgada ontem, do último encontro do Fed, em dezembro.
Nas últimas semanas, os economistas de Wall Street vêm revisando para cima suas previsões de crescimento econômico, na esteira de sinais indicando que a atividade empresarial e o gasto do consumidor estão avançando.
Mas as autoridades de política monetária do Fed ; que na reunião de 14 de dezembro não fizeram nenhuma mudança no programa de compra de ativos no valor de US$ 600 bilhões anunciado em novembro ; mostraram-se bem menos otimistas.
A ata não sugeriu que o Fed está contando com um impulso de crescimento a curto prazo, oriundo do acordo tributário entre o presidente Barack Obama e os republicanos do Congresso. O documento do encontro apontou que os formuladores de política monetária ainda estão preocupados com os riscos de crescimento, incluindo um fraco número de contratações e um combalido setor imobiliário, que tem flertado com uma nova recessão.
A economia norte-americana ; que emergiu em meados de 2009 de profunda recessão ; tem se expandido aos solavancos desde então. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2,6% no terceiro trimestre, ritmo ainda visto como muito lento.