postado em 06/01/2011 08:00
O investimento do banco Goldman Sachs de quase US$ 500 milhões no site de relacionalmentos Facebook, anunciado esta semana, fez acender a luz amarela das autoridades reguladoras americanas. A SEC (Securities and Exchange Commission), órgão que fiscaliza o mercado de capitais norte-americano, abriu investigação para apurar eventuais irregularidades no negócio e promete um amplo reexame dos mecanismos que regulam companhias privadas em geral. De acordo com The Wall Street Journal, o mal-estar decorre das somas vultuosas de capital privado que as empresas de internet, como a de Mark Zuckerberg e o Twitter, vêm recebendo e a falta de transparência das operações, suspeitas de uso de informações privilegiadas.O anúncio do Goldman Sachs faz parte de um plano maior, de levantar até US$ 1,5 bilhão por meio de um veículo de investimento especial direcionado a seus clientes pessoas físicas. A transação avalia o Facebook em nada menos que US$ 50 bilhões. A missão primordial do SEC é manter a separação entre empresas públicas e privadas. As regras atuais ; as mesmas em vigor desde os anos 1960 ; também exigem que empresas com 500 acionistas ou mais tornem públicas determinadas informações financeiras. O objetivo é proteger os investidores.
A despeito dos riscos em jogo, o maior banco de investimento do mundo não está dando um prazo razoável para que seus clientes reflitam sobre a oferta bilionária no Facebook. A agência de notícias Reuters apurou que os interessados têm somente até o fim da semana para decidir se desejam investir na gigante das redes sociais. A proposta, diz a agência, foi encaminhada via e-mail no domingo passado. Todos os destinatários tiveram de assinar um acordo de confidencialidade.
Até onde se sabe, ainda não foi emitido o habitual memorando que detalha a saúde do Facebook e os termos do investimento. Tudo que os clientes tinham à disposição era uma segunda correspondência, com estatísticas de visitação da empresa que a mostram em vantagem com relação ao Google, site de busca que abriu seu capital em 2004. Especula-se que a cota mínima para entrar no negócio seja de US$ 2 milhões. O Goldman Sachs não quis comentar o assunto com a imprensa.
Aposta nos eletrônicos
; Os organizadores do maior salão de produtos eletrônicos dos Estados Unidos, que começa hoje em Las Vegas, preveem que as vendas mundiais de equipamentos eletrônicos podem alcançar a cifra inédita de US$ 1 tri este ano. A expectativa é reforçada pela forte saída que estão tendo smartphones, tablets, livros eletrônicos e televisões de tela plana LCD. A Associação de Produtos Eletrônicos (CEA) prevê que as vendas de tablets podem duplicar em 2011 em relação ao ano passado, atingindo a marca de 30 milhões de unidades. Por sua vez, os leitores eletrônicos como o Kindle, da Amazon, podem registrar vendas de 20 milhões de unidades em todo o mundo. Na América do Sul, calcula-se que os chamados gadgets serão consumidos até 10% mais do que em 2010.