postado em 19/01/2011 18:44
Brasília ; O Banco Mundial (Bird) anunciou que está em fase final a liberação de US$ 485 milhões destinados às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Inicialmente, serão liberados US$ 290 milhões. Porém, o comando do banco informou que foram autorizados empréstimos de US$ 20 milhões para o Projeto Rio Rural e de US$ 18,7 milhões para projetos que atendam as chamadas necessidades emergenciais.A direção do Bird informou ainda que está em fase de elaboração um empréstimo, no valor de US$ 30 milhões, para projetos de assistência técnica e suporte à capacidade institucional do estado do Rio de Janeiro no planejamento para situações de desastres naturais.
Ontem (18) a presidenta Dilma Rousseff apelou ao comando da instituição para liberar o dinheiro. Dilma e vários ministros reuniram-se com o vice-presidente do Banco Mundial para Redução da Pobreza e Gestão Econômica, Otaviano Canuto, e o diretor da instituição para o Brasil, Makhtar Diop.
Participaram da conversa com a presidenta e os representantes do Bird os ministros Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, Miriam Belchior, do Planejamento, e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, além de representantes do governo do Rio de Janeiro.
De acordo com o Banco Mundial, após a reunião com Dilma e os ministros, o Bird se comprometeu a trabalhar em parceria com o Ministério da Integração Nacional para colaborar com os estados na avaliação de suas políticas na gestão de desastres. O objetivo é desenvolver um plano de investimentos nos estados mais vulneráveis, antes da próxima temporada de chuva.
O Banco Mundial informou ainda que deve liberar nos próximos dias US$ 97 milhões para o programa Interáguas ; desenvolvido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente para melhor gerenciar o sistema de águas no país. O objetivo, segundo o Bird, é concentrar as ações na gestão de desastres.
O diretor do Bird para o Brasil, Makhtar Diop, disse que os programas de prevenção de desastres naturais estão entre as prioridades da instituição ao longo deste ano. ;O enfrentamento de eventos climáticos extremos, como os que vêm ocorrendo em muitas cidades do Brasil e do mundo, é um problema de enorme complexidade que põe à prova a capacidade dos governos;, disse ele.
Em seguida, Diop afirmou: ;Com a maior frequência de catástrofes, ligada à mudança climática, é necessário reforçar a ligação entre infraestrutura e redução da pobreza, mudanças climáticas e crescimento sustentável.;