Economia

Petróleo fecha em baixa em NY, mas sobe em Londres

Agência France-Presse
postado em 07/02/2011 19:45
Nova York - Os preços do petróleo baixaram nesta segunda-feira (7/2) em Nova York, quando a situação parecia estabilizar-se no Egito, mas subiram em Londres.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em março fechou em US$ 87,48, em baixa de US$ 1,55 em relação à sexta-feira, quando tinha registrado perda semalhante.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março era negociado a US$ 99,95 no InterContinental Exchange (ICE), alta de 12 centavos em relação ao fechamento de sexta-feira.

"Alguns temores sobre o Egito são agora considerados em parte resolvidos", comentou Adam Sieminski, do Deutsche Bank. "O fato de a situação não ter se deteriorado levou menos risco ao mercado de petróleo".

"O fator ;risco; abandonou o mercado", completou.

No 14; dia de revolta contra o governo no Egito, o presidente Hosni Mubarak prometeu nesta segunda-feira uma alta de 15% nos salários dos funcionários públicos e nas aposentadorias.

Esses anúncios foram feitos um dia depois da "sessão de diálogo nacional" entre o governo e a oposição, ao qual se somou a Irmandade Muçulmana, primeiro grupo de oposição e inimigo do governo. Trata-se da primeira vez em meio século que o governo e o grupo islâmico dialogam publicamente.

Mesmo assim, milhares de manifestantes continuaram nas ruas do Cairo nesta segunda-feira, onde a vida parecia recobrar seu ritmo, com a reabertura das lojas e das avenidas.

"Apesar de a situação no Egito estar longe de ser resolvida, um leve apaziguamento das tensões na região contribuiu para acalmar o mercado", indicaram analistas da Barclays Capital.

O Egito não é um grande produtor, mas dispõe de duas vias estratégicas para transportar o petróleo no Oriente Médio, do Mar Vermelho ao Mediterrâneo: o canal de Suez e o oleoduto Suez-Mediterrâneo (Sumed).

Os investidores temem também que os movimentos de protesto, que começaram em Túnis e se reproduziram no Egito, ampliem-se para outros países da região, onde estão os maiores produtores mundiais de petróleo, como Arábia Saudita, Líbia e Argélia.

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