Jornal Correio Braziliense

Economia

É mais caro cuidar da 'beleza interior' do que da aparência física, diz FGV

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou hoje (9/2) o resultado de uma pesquisa insólita: afinal, o que pesou mais no bolso no brasileiro nos últimos 12 meses, cuidar da beleza ;interior; - leia-se investir em educação e cultura, seja com cursos, espetáculos ou compra de livros e revistas - ou da aparência física?

Para tentar responder a questão, a entidade levou para a ponta do lápis os custos de 12 diferentes itens no período de fevereiro de 2010 a janeiro de 2011, todos considerados indispensáveis para quem quer se manter ;belo; em todos os sentidos.

O resultado apurado pela FGV é que, em termos reais, ou seja, com aumentos acima da inflação, ficaram os gastos que aprimoram o conhecimento (beleza interior). Entre as altas mais fortes do período estão aqueles relacionados à formação básica: cursos formais (7,02%) e cursos não formais (6,85%). Em seguida vêm os gastos com material escolar (5,75%), livros em geral (5,40%), jornais e revistas (3,66%) e salas e espetáculos (3,63%).

Em contrapartida ; apesar de, na média, o aumento ter ficado abaixo da inflação para os itens da beleza exterior ; os gastos com barbearia (9,33%) e salão de beleza (9,30%) superaram muito a inflação acumulada no mesmo período, que foi de 6,21%. Gastos com academia de ginástica (8,58%), esmaltes para unha (6,88%), vestuário (4,3%) e protetores para a pele (3,89%) aparecem em seguida no ranking.