Economia

Obama quer reduzir o rombo orçamentário pela metade até 2012

postado em 14/02/2011 08:27
Melhora econômica resgata popularidade do presidente dos EUAO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer diminuir o deficit público norte-americano em US$ 1,1 trilhão nos próximos 10 anos. Para isso, deve apresentar ao Congresso hoje o orçamento proposto para o ano fiscal de 2012, segundo o diretor orçamentário da Casa Branca, Jack Lew. Ele afirmou ontem à rede de TV CNN que Obama está a caminho de reduzir pela metade o rombo orçamentário até o fim de seu primeiro mandato em 2012.

Dois terços da economia de recursos serão obtidos por meio de diminuição de gastos. O restante será coberto por um incremento nas receitas, que deverá ser alcançado com o fechamento de brechas fiscais. Um assessor democrata disse que o orçamento reduzirá os gastos em defesa em US$ 78 bilhões num período de cinco anos. Os cortes devem incluir o avião C-17, o motor alternativo para o jato de combate Joint Strike Fighter e o Veículo Expedicionário dos Fuzileiros Navais, itens de que o próprio Pentágono afirma não precisar.

No Congresso norte-americano, democratas e republicanos não conseguiram chegar a um consenso sobre qual será a eficácia do plano na redução do deficit. Enquanto os republicanos pressionam por cortes mais profundos e se opõem a aumento de impostos, Obama argumenta que alguma elevação de gastos é necessária para tornar a economia mais competitiva. Os líderes oposicionistas respondem que a proposta orçamentária não será suficiente. ;Ele irá apresentar um orçamento que continuará destruindo empregos ao gastar muito, emprestar muito e tributar muito;, afirmou o presidente da Câmara dos
Representantes, John Boehner, em entrevista à rede NBC.

Apesar da dificuldade em reduzir o gigantesco deficit, Obama vem conseguindo, aos poucos, vencer as batalhas econômicas, fato que tem elevado sua popularidade. A economia estimada de US$ 1,1 trilhão na próxima década é mais do que o dobro dos US$ 400 bilhões destacados por Obama em seu discurso sobre o Estado da União no mês passado. O valor apresentado é parte de uma proposta de congelamento por cinco anos dos gastos domésticos obrigatórios.

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