postado em 14/02/2011 20:20
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defendeu hoje (14/2) uma taxa de câmbio entre R$ 2 e R$ 2,20. Segundo a entidade, em um cenário ideal, o país deveria chegar a uma taxa de R$ 2 até por cada dólar o final de 2011.;Seria bom para os importadores e para os exportadores. E o impacto na inflação seria baixo. O ideal seria chegar em julho com o câmbio a R$ 1,80 e, no final do ano, a R$ 2;, avaliou o diretor do Departamento de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.
Giannetti apontou a taxa cambial como o principal fator para o aumento das importações e para o fraco desempenho das exportações dos produtos manufaturados brasileiros. ;Tem outros fatores, tributação, logística, em alguns casos falta de inovação tecnológica. Acho que tudo isso colabora para perda de dinamismo da indústria brasileira. Mas o fator câmbio, acho que é o que mais pesa;, disse.
Segundo ele, as importações brasileiras em 2011 deverão crescer o triplo do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão de Giannetti é que as compras externas se elevem em 15% no ano. Se mantido esse ritmo também nos próximos 24 meses, a estimativa dele é que o país deverá registrar déficit comercial no acumulado de 2012.
O coeficiente de importação (CI) calculado pela Fiesp, divulgado hoje, fechou o ano de 2010 em 21,8%, o maior da série histórica, que teve início em 2003. O CI é determinado pela participação das importações no consumo aparente do país. O valor de 2010 supera em 3,5% o registrado em 2009 e em 1,7% o de 2008, ano da crise econômica mundial.